'Acho que matei minha mulher', disse brasileiro à polícia após crime na Irlanda
Diego Costa Silva foi acusado de matar a companheira Fabíole Câmara de Campos Silva em novembro de 2021
Diego Costa Silva é acusado de matar e degolar a companheira Fabíole Câmara de Campos Silva, de 33. O crime ocorreu em 4 de novembro de 2021, no apartamento do casal, em Dublin. Depois do crime, o suspeito ligou para a emergência.
Um brasileiro de 35 anos acusado de matar a esposa em Dublin, na Irlanda, será julgado nesta semana. De acordo com a investigação, Diego Costa Silva degolou a companheira Fabíole Câmara de Campos Silva, de 33, em novembro de 2021, e em seguida, ligou para a emergência.
As sessões, que podem durar até cinco dias, foram abertas na segunda, 4. Conforme o site The Irish Times, Shane Costelloe, diretor do Ministério Público local, informou ao júri que a acusação alega que nas primeiras horas do dia 4 de novembro, o brasileiro “atingiu a mulher com facas e depois cortou-lhe a cabeça do corpo com uma dessas facas”.
Em seguida, ele teria ligado para os serviços de emergência, e dado o endereço do apartamento onde vivia desde 2016 com Fabíola. “Acho que matei minha mulher”, disse na ligação à polícia logo após o crime. A gravação da chamada foi reproduzida para o júri nesta terça-feira, 4, no Tribunal Criminal Central de Dublin.
Policiais armados foram até o apartamento e foram recebidos pelo acusado, que usava bermuda e chinelos quando foi encontrado pelas autoridades e com o corpo sujo de sangue. Ao entrarem, os policiais disseram que avistaram o corpo da também brasileira bruços próximo de uma porta entre o quarto e o corredor, parcialmente vestida e com uma faca enfiada no peito. Além disso, ela tinha ferimentos nos punhos e no seio esquerdo.
Diego teria alegado que a mulher “tentou matá-lo”. O acusado acrescentou mais tarde que ela pegou “seu coração” e sua “sua cabeça”, e que cometeu o crime pois ela o estava traindo. Ele foi preso pelo homicídio na data do crime.
O brasileiro já havia sido preso com recomendação para tratamento psiquiátrico, pois um dia antes de matar sua esposa, foi visto correndo na rua “praticamente nu”. Mas, na noite do homicídio recebeu alta, conforme informou o diretor do MP.
Além de policiais e membros da emergência local, dois psiquiatras forenses serão ouvidos no tribunal. O júri, composto por sete homens e cinco mulheres, é presidido pelo juiz Michael MacGrath, e foi marcado para a tarde desta segunda-feira. A previsão é tenha até cinco dias de duração.
Na última segunda, Diego se declarou inocente da acusação. O advogado de defesa dele, Garnet Orange, afirmou que a questão a ser considerada pelo júri será que o brasileiro sofria de um transtorno mental que lhe trouxe a essas consequências. Orange também disse que pedirá ao tribunal veredito especial, levando em consideração a Lei de Insanidade do Direito Penal de 2006.