Acusado de racismo e xenofobia, vereador de Caxias do Sul faz pronunciamento de desculpas: "lapso de memória"
Em longo discurso, Fantinel afirmou que foi abandonado pelos líderes de direita
Durante a sessão da Câmara de Vereadores de Caxias do Sul desta quarta-feira (22), o vereador Sandro Fantinel, que não tem partido, falou novamente sobre o discurso em que foi acusado de racismo e xenofobia contra o povo baiano. Em 28 de fevereiro, ele fez comentários sobre a operação contra o trabalho análogo à escravidão em Bento Gonçalves, afirmando que o povo nordestino só tinha "a cultura de dançar e bater tambor".
Durante o grande expediente, que durou 10 minutos, Fantinel pediu desculpas ao povo baiano e aos colegas vereadores pelo constrangimento causado por suas palavras. Ele mencionou o trabalho social que realiza em Fazenda Souza, que inclui distribuição de cestas básicas e refeições, e afirmou que foi abandonado pelos líderes de direita. Ele citou poucas ligações de políticos, incluindo Edson Néspolo (sem partido), Denise Pessôa (PT), Pepe Vargas (PT), Bibo Nunes (PL) e Maurício Marcon (Podemos).
Fantinel reafirmou que suas palavras foram um "lapso de memória" e pediu às pessoas que julgassem suas ações individualmente, sem envolver seus familiares. Ele também criticou a imprensa e comparou sua exposição pública com a tragédia da boate Kiss, em Santa Maria, onde mais de 240 pessoas morreram em um incêndio.
Cerca de 40 pessoas estavam presentes no plenário da Câmara de Vereadores para assistir ao discurso de Sandro Fantinel. Depois do discurso, o parlamentar cumprimentou seus apoiadores. Nenhum vereador se manifestou sobre o discurso após o grande expediente.