Script = https://s1.trrsf.com/update-1731943257/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Adolescente de 12 anos é xingada de "macaca" e "cabelo de bombril" em escola no interior de SP

Aluna disse em depoimento que não foi o primeiro ataque de cunho racista; Justiça concedeu medida protetiva contra os colegas agressores

21 mar 2024 - 16h33
(atualizado às 16h58)
Compartilhar
Exibir comentários
Aluna de 12 anos sofre ataques racistas em escola municipal do interior de SP
Aluna de 12 anos sofre ataques racistas em escola municipal do interior de SP
Foto: Reprodução / Perfil Brasil

Uma aluna de 12 anos sofreu agressões e xingamentos racistas em uma escola municipal de Novo Horizonte, interior de São Paulo. A mãe, de 43 anos, fez um boletim de ocorrência por preconceito de raça ou cor.

Em entrevista ao g1, a mãe da garota denunciou que os colegas jogaram terra e fezes de gato no uniforme dela, chamando a menina de "macaca", "cabelo de bombril" e "capacete de austronauta". Segundo ela, os alunos também jogaram a menina no chão e pisotearam sua filha. A estudante tem pele negra e usa os cabelos trançados.

7 tipos de racismo para não reproduzir 7 tipos de racismo para não reproduzir

"Ela chorava muito. Não quero que nunca mais que alguma criança sinta o que a minha sentiu. Para que nunca mais uma mãe chore que nem eu chorei de dor ao ver minha filha na situação que eu vi. Quero justiça", disse a mãe.

A Justiça concedeu uma medida protetiva para a menina. A advogada da família, Kelly Ranolfi, afirmou que os agressores devem ficar a 100 metros de distância da aluna. "Esses 100 metros, dentro da escola, às vezes não é possível cumprir por eles estarem no mesmo ambiente. Mas precisa da supervisão da unidade para que não aconteça de novo. Agora, fora da escola, caso eles descumpram, os agressores são enviados para a Fundação Casa", relatou.

Em casos com ameaça de violência física, psicológica ou verbal, a vítima deve pedir a medida protetiva enquanto registra o boletim de ocorrência."Não tem como ela estar em um lugar onde os agressores poderiam chegar perto e ela sofrer novamente. É um perigo eminente e há o risco de eles a agredirem de novo", explicou Kelly.

Investigações na escola

No depoimento à delegacia, a vítima confirmou que aquela não foi a primeira agressão de cunho racista feita pelos colegas. "Eu me sinto triste. Minha cor e meu cabelo. Isso dói muito. Eles me xingaram, me humilharam, me chamaram de 'macaca'", disse.

Em nota, a escola Hebe de Almeida Leite Cardoso escreveu que não se trata de um caso de racismo e que está investigando o ocorrido. A Polícia Civil local irá apurar o caso.

Perfil Brasil
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade