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Advogado de vítima de Robinho acredita em prisão do jogador no Brasil: "Direito de virar a página"

Atleta foi condenado a nove anos de prisão pela Justiça italiana, mas não pôde ser extraditado pelo Brasil para cumprir pena na Europa

7 mar 2023 - 14h03
(atualizado às 14h23)
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Advogado de vítima de Robinho acredita em prisão do jogador no Brasil: "Direito de virar a página"
Advogado de vítima de Robinho acredita em prisão do jogador no Brasil: "Direito de virar a página"
Foto: Ricardo Saibun / Santos FC / Flipar

Condenado pela Justiça italiana a nove anos de prisão por estupro, Robinho pode cumprir sua pena no País. Jacopo Gnocchi, advogado da vítima albanesa violentada pelo jogador, acredita que ele deva ser preso e está otimista para sua prisão, já que a legislação brasileira não permite a extradição de nativos.

Em entrevista à ESPN, o advogado contou que crê em uma resolução do caso de forma favorável à vítima. "Nós estamos absolutamente otimistas que o Brasil reconhecerá a legalidade do pedido da Justiça italiana e executará a pena no Brasil. Nós sempre dissemos que, para nós, é indiferente que a condenação seja cumprida na Itália ou no Brasil. O importante é que seja executada. Isso é o relevante", afirmou.

No último mês, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) deu andamento ao processo de homologação da sentença e da eventual execução da pena no Brasil, imposta pela Justiça Italiana ao jogador. Robinho foi condenado pela última instância na Itália no início de 2022. O caso aconteceu em 2013, em uma boate de Milão. Além dele, seu amigo, Ricardo Falco, também foi considerado culpado por estupro coletivo contra a albanesa.

"Nós temos confiança que, num curto espaço de tempo, as coisas chegarão a um bom final, de acordo com a legislação brasileira. E que, dessa forma, Robinho e (Ricardo) Falco, que são os dois efetivamente condenados pelo ato, sejam presos e cumpram a pena no cárcere brasileiro", contou o advogado.

Hoje com 32 anos, a vítima segue sua vida normalmente na Itália. Em 2022, esteve presente em audiência da Corte de Cassação de Roma, que rejeitou o recurso do jogador. " (A vítima) Não se sente frustrada, até porque o processo aqui na Itália terminou, em janeiro do ano passado, com a condenação, que era o que a gente buscava", revelou Gnocchi.

"Sabemos que há a questão da execução da pena dos dois condenados, que estão fora da Itália, mas, ainda assim, ela não se sente frustrada. Ela está confiante no êxito final. Estamos a poucos passos de obter a justiça correta e final", continuou.

"Claro que ela ficou ferida, pois essas coisas nunca são fáceis, mas o fato dela estar perto de obter efetivamente a Justiça no Brasil concederá o direito de virar a página e mostrar que a Justiça foi feita", contou o advogado.

Estadão
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