Advogado suíço desmente versão de Cuca: "Ele foi reconhecido pela vítima"
A versão desmente o que o próprio técnico disse em sua coletiva de imprensa de apresentação
O advogado Willi Egloff, que participou do processo de condenação de Cuca na Suíça, alegou que a vítima reconheceu o treinador como um dos seus abusadores. A versão desmente o que o próprio técnico disse em sua coletiva de imprensa de apresentação.
Em entrevista ao UOL Esporte, o advogado, que acompanhou a vítima durante o processo, falou sobre o caso. "A declaração de Alexi Stival (o Cuca) é falsa. A garota o reconheceu como um dos estupradores. Ele foi condenado por relações sexuais com uma menor", comentou.
Egloff confirmou a versão do jornal Der Bund, de que o sêmen de Cuca foi encontrado na garota durante a perícia do caso. O Exame foi realizado pelo Instituto de Medicina Legal da Universidade de Berna.
Além disso, o advogado confirma que a vítima tentou cometer suicídio depois do caso. Na época, a menina tinha apenas 13 anos e queria uma camiseta dos jogadores do Grêmio, que estava em excursão na Europa. Além de Cuca, Eduardo Hamester, Henrique Etges e Fernando Castoldi estiveram envolvidos no caso.
Quando foi anunciado de forma oficial pelo Corinthians, Cuca se declarou inocente. "As pessoas falam que houve um estupro, houve um ato sexual a vulnerável, isso foi a pena que foi dada. A gente ouve um monte de coisa, inverdades, que chegam a ofender. Vou fazer 70 anos daqui a pouco, tenho duas filhas. É um tema que eles nem existiam, já era casado, sou até hoje", afirmou.
"(…) Ficamos na averiguação, eu não estava, a vítima não me reconheceu. Se ela disse que eu não estava e juro por Nossa Senhora que não estava, como posso ser condenado pela internet?", complementou.
Em meio a protestos de torcedores, o Corinthians de Cuca se prepara para enfrentar o Remo, pelo jogo de volta da terceira fase da Copa do Brasil. As equipes se enfrentam nesta quarta-feira, às 21h30 (de Brasília), na Neo Química Arena.