Aline Campos relembra abuso sexual após ser dopada: "Eu estava apagada"
A ex-dançarina do "Domingão do Faustão" falou sobre tipos de violência que já sofreu e alertou outras mulheres
A dançarina e influenciadora Aline Campos, antes conhecida pelo nome Aline Riscado, falou sobre formas de violência que já sofreu. Conhecida pela propaganda "Vai Verão" e por fazer parte do balé do "Domingão do Faustão", Aline contou em podcast as experiências negativas que já vivenciou como mulher.
A artista de 36 anos revelou que foi dopada duas vezes através do golpe "Boa noite, Cinderela", que une diversas substâncias que facilitam a ação do criminoso. A vítima pode perder a consiência por um determinado tempo e apresentar forte sonolência.
"Já me deram 'Boa noite, Cinderela' duas vezes. Em uma delas, no Canadá, minhas amigas me salvaram. Não pode dar mole com bebida. Em uma segunda vez, eu fui abusada sexualmente. Tive consciência porque eu acordava, via e voltava a dormir. Eu estava apagada. Foi aqui no Brasil", contou no podcast Barbacast.
A influenciadora ainda diz que muitas mulheres sofrem com os traumas dos crimes sexuais e não conseguem compartilhar a ocorrência com outras pessoas. "Consegui me curar. Não que a pessoa tenha que passar por isso para ser forte, mas consegui dar a volta por cima. Muitas mulheres se matam ou criam diversos traumas, não conseguem falar para ninguém", disse durante o bate-papo.
Na conversa, Aline ainda falou sobre os tipos de violência que sofreu em antigos relacionamentos afetivos. Apesar de não ter sofrido agressão física dos ex-parceiros, a dançarina diz que já foi agredida verbalmente.
"Já tive relacionamentos que aconteceram agressões verbais e falta de respeito. E já vivi um relacionamento em que eu me descontrolei e eu dei um tapa na pessoa. Foi horrível, eu me senti muito mal. Mas nunca fui agredida fisicamente, graças a Deus. Sempre consegui sair antes", disse.
"Namorei uma pessoa que tinha tudo para ser agressiva, mas ela nunca me bateu. Tinha uma pessoa que socava a parede. E eu percebi que eu podia ser a parede a qualquer momento. É uma linha tênue", completou.
Aline Campos refletiu sobre a importância de falar sobre esses assuntos abertamente para trazer visibilidade e voz para outras mulheres que sofreram alguma forma de abuso ou agressão. "Eu já fui abusada sexualmente. Hoje, eu consigo falar sobre isso tranquilamente porque eu já curei na terapia, mas eu já fui. E eu gosto de falar para que meninas consigam enxergar que pode acontecer com qualquer pessoa", finalizou.
Em caso de violência contra a mulher, denuncie
Violência contra a mulher é crime, com pena de prisão prevista em lei. Ao presenciar qualquer episódio de agressão contra mulheres, denuncie. Você pode fazer isso por telefone (ligando 190 ou 180).Também pode procurar uma delegacia, normal ou especializada.
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