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Após denúncia de turista, outra mulher diz ter sido abusada em boate no Rio de Janeiro

Estudante estrangeira denunciou que foi abusada por vários homens no último dia 31

4 abr 2024 - 18h01
(atualizado às 19h30)
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Crime ocorreu na boate Portal Club
Crime ocorreu na boate Portal Club
Foto: Reprodução/RJTV

Após a denúncia de uma vítima de estupro coletivo vir à tona, mais uma mulher relatou que também foi abusada dentro da boate Portal Club, na Lapa, no centro do Rio de Janeiro. A vítima contou que o crime ocorreu em novembro do ano passado.

Segundo o RJTV, a segunda vítima relatou que estava no local para assistir ao show de um grupo de pagode. Ela contou que bebeu normalmente, mas se sentiu mal e tonta quando foi ao banheiro.

"Neste dia, tinha um open bar e eu bebi normalmente. Quando eu fui ao banheiro, não me senti bem, tonta, e não me lembro mais do que aconteceu. Disse não lembrar o que aconteceu, eu acordei no quarto preto, com um homem na minha frente, um homem do meu lado sem calça", contou.

Ela disse que chegou a ser abordada por uma funcionária do estabelecimento e, a partir disso, soube que estava em um espaço reservado da boate, chamado de 'Dark Room'.

"Quando eu fui urinar, saíram algumas coisas pelas minhas partes, um líquido pelas minhas partes. Só que assim que eu saí, veio uma funcionária e perguntou: 'Você sabe onde você estava?'. Não, não sei. 'Você estava num 'dark room' (quarto escuro)'. Mas eu nunca entraria no 'dark room'", completou.

Na ocasião, a mulher chegou a registrar a ocorrência em uma delegacia, mas contou que o processo não foi fácil.

"No IML, preparando para fazer um exame, que é um dos exames mais importantes que pode vir a ver quem foi, me perguntaram se eu estava sozinha. Era um homem e ele falou que não poderia fazer o exame, e me mandaram pra casa. Falaram pra voltar no outro dia. Eu me senti violada, eu me senti mal em todas as etapas do que eu poderia fazer, até os culpados podem ter sido reconhecidos", contou.

Ainda de acordo com a publicação, a vítima disse que entrou em contato com a boate para buscar ajuda e não teve nenhum retorno.

"Entrei em contato com a boate, até hoje não me responderam e até hoje eu tenho dor. Não tem um dia que eu fique com uma noite tranquila. Eu creio que sejam vários casos, porque se eles tentaram persuadi-la para não dar queixa, ele me humilhou. O funcionário da casa tentando me fazer acreditar, porque eu estava realmente bem zonza, que a culpa era minha", acrescentou.

A mulher resolveu procurar a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) após a repercussão do caso da estudante estrangeira que denunciou ter sido vítima de um estupro coletivo no mesmo local, no último dia 31. O caso dela é investigado pela Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), que analisa as imagens de câmeras de segurança para identificar os suspeitos de envolvimento no crime.

Na última terça-feira, 2, a jovem prestou depoimento e realizou exame de corpo de delito. Ela, que tinha planos de estudar por um ano no Brasil, voltou para o seu país e escreveu uma carta. Em um trecho, ela jovem afirmou que deseja "descansar e esquecer" o que aconteceu.

"Estou de volta em casa e só quero descansar e esquecer [....] Não sei se haverá Justiça ou não [...] Espero que a minha história ajude outras mulheres que passaram pela mesma coisa a serem encorajadas a falar, que saibam que não estão sozinhas."

Conforme informações do Corpo de Bombeiros, a boate Portal Club não possui alvará de Certificado de Vistoria Anual (CVA) e, por isso, poderá ser fechada. A certificação serve para garantir a segurança contra incêndio.

Fonte: Redação Terra
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