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Após imagens de desnutrição, governo afirma que cerca de 300 crianças Yanomami foram tratadas

Operação de alto risco de profissionais do Ministério da Saúde resgatou três crianças em território com a presença de garimpeiros

11 jan 2024 - 14h36
(atualizado às 16h39)
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Resumo
O Ministério da Saúde informou que cerca de 300 crianças Yanomami, diagnosticadas com desnutrição grave ou moderada, foram recuperadas no decorrer de 2023.
Terra indígena
Terra indígena
Foto: Divulgação/Ibama

Após imagens de crianças indígenas com destruição circularem na imprensa na quarta-feira, 10, o Ministério da Saúde informou que 307 crianças Yanomami diagnosticadas com desnutrição grave ou moderada foram recuperadas no decorrer de 2023.    

Em nota divulgada nesta quinta-feira, 11, a pasta explicou que as imagens divulgadas mostravam o resgate de "três crianças em situação de desnutrição feito por profissionais do Ministério da Saúde em uma comunidade na fronteira com a Venezuela, em uma operação de alto risco devido à presença de garimpeiros". Um local onde o "garimpo não permite a segurança necessária para a entrada de profissionais de saúde". 

O comunicado ainda ressaltou as ações realizadas pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na região, destacando a reabertura de seis Polos Base, que estavam fechados, para prestar assistência e ajuda humanitária; a contratação de mais profissionais da saúde para atuarem na região, que subiu de 690, de 2022, para 960 em 2023; além de investimento de mais de R$ 220 milhões para reestruturar o acesso à saúde dos indígenas da região, valor 122% maior que o ano anterior. 

A Terra Yanomami é a maior área indígena do Brasil, com 9,5 milhões de hectares, o que corresponde à área dos Estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo somados. Lá vivem quase 30 mil indígenas.  

Visita à Terra Indígena Yanomami

Na quarta-feira, os ministros dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida; do Meio Ambiente e Mudança Climática, Marina Silva; e dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, visitaram a Terra Indígena Yanomami para monitorar a situação, um ano após o governo federa decretar emergência de saúde pública na região. 

A visita foi acompanhada pela presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joênia Wapichana, pelo secretário especial de saúde indígena do Ministério da Saúde, Weibe Tapeba, além de lideranças indígenas locais. O governo federal também anunciou investimento de R$ 1,2 bilhão no território.  

Fonte: Redação Terra
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