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Atores e escritores britânicos criticam "racismo sistêmico" em tratamento à parlamentar Diane Abbott

Diane Abbott, parlamentar negra mais antiga do Reino Unido, eleita pela primeira vez em 1987, foi suspensa pelo partido por mais de um ano

31 mai 2024 - 12h18
(atualizado às 12h28)
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Atores, escritores e radialistas negros assinaram uma carta aberta na sexta-feira
Atores, escritores e radialistas negros assinaram uma carta aberta na sexta-feira
Foto: REUTERS/Beresford Hodge

Britânicos negros proeminentes criticaram o tratamento dado pelo Partido Trabalhista, de oposição, à primeira parlamentar negra do Reino Unido, depois que uma disputa sobre a possibilidade de ela se candidatar ofuscou a campanha eleitoral.

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Diane Abbott, parlamentar negra mais antiga do Reino Unido, eleita pela primeira vez em 1987, foi suspensa pelo partido por mais de um ano depois de dizer que judeus, irlandeses e comunidades nômades não enfrentaram o racismo durante toda a vida.

Abbott, que se desculpou pelas falas, foi reintegrada ao partido nesta semana, mas a mídia informou que ela seria impedida de concorrer em seu distrito no nordeste de Londres na eleição parlamentar britânica de 4 de julho.

O líder trabalhista Keir Starmer disse aos repórteres que Diane Abbott estava livre para disputar vaga no nordeste de Londres, depois que a confusão sobre sua candidatura provocou reação dentro do partido.

"Ela é livre para avançar como candidata trabalhista", disse Starmer. "Ela foi uma pioneira por muitos e muitos anos."

Atores, escritores e radialistas negros assinaram uma carta aberta na sexta-feira afirmando que o tratamento dado a Abbott, com uma investigação que levou mais de um ano, indicava "racismo sistêmico" e uma "determinação de humilhá-la".

"Vindo de uma comunidade onde a discriminação é uma realidade diária, sabemos o que é injustiça quando a vemos", disse a carta.

Starmer, ex-procurador-chefe do país, assumiu a liderança do Partido Trabalhista em abril de 2020, pouco antes de o órgão de controle de igualdade acusar o partido de discriminação contra judeus sob a liderança de seu antecessor, o veterano socialista Jeremy Corbyn.

Starmer prometeu livrar o partido do antissemitismo. Ele também foi acusado de expurgar membros de esquerda para levá-lo de volta ao centro da política britânica e torná-lo mais elegível.

Os signatários da carta, incluindo os atores Lenny Henry e David Harewood, o autor Yemi Adegoke e a radialista Afua Hirsh, disseram que os trabalhistas pareciam ter tomado uma decisão estratégica de que "o voto dos negros e pardos não importa", mas afirmaram que sua lealdade não era incondicional.

Os trabalhistas não responderam imediatamente a um pedido de comentário sobre a carta.

Os trabalhistas estão à frente do Partido Conservador, do primeiro-ministro Rishi Sunak, por cerca de 20 pontos nas pesquisas de opinião. O prazo para as indicações se encerra em 7 de junho, embora se espere que os trabalhistas anunciem seus candidatos antes disso.

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