Barreiras na educação e no trabalho derrubam renda e mantêm analfabetismo da população com deficiência
PNAD 2022 mostra que 55% dos trabalhadores com deficiência estão na informalidade, com rendimento 70% menor, e somente 25% das pessoas com deficiência concluíram o ensino médio
As informações estão no módulo 'Pessoas com Deficiência', da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios (PNAD) Contínua 2022, divulgadas nesta sexta-feira, 7, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O estudo usa como base uma população de 18,6 milhões de pessoas com deficiência (2 anos de idade ou mais) e destaca que a taxa de analfabetismo chega a 19,5%, enquanto esse índice é de 4,1% entre as pessoas sem deficiência, sendo que apenas 25,% das pessoas com deficiência concluíram o ensino médio e 57,% das pessoas sem deficiência têm o mesmo nível de instrução.
Na força de trabalho, a participação das pessoas sem deficiência é de 29%, contra 66,4% das pessoas sem deficiência, com desigualdade também entre profissionais com nível superior (54% de pessoas com deficiência e 84% sem deficiência).
Segundo a pesquisa, 55% das pessoas com deficiência trabalham na informalidade e o nível de ocupação das vagas formais é de 26%.
O rendimento médio das pessoas ocupadas com deficiência chega R$ 1.860, enquanto esse valor é 70% maior entre pessoas sem deficiência e atinge R$ 2.690.
Os dados completos estão na página do IBGE (acesse aqui).