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Bolsonaro já defendeu aborto em entrevista: "decisão do casal"

Publicada em 2000 pela "Istoé Gente", matéria traz ainda presidente sugerindo fuzilamento de Fernando Henrique Cardoso

5 out 2022 - 11h55
(atualizado às 13h49)
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Bolsonaro relatou que "passou para a companheira" a decisão de abortar o filho Jair Renan
Bolsonaro relatou que "passou para a companheira" a decisão de abortar o filho Jair Renan
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil / Flipar

Uma entrevista para a revista "Istoé Gente" publicada em 14 de fevereiro de 2000 com Jair Bolsonaro voltou a circular ao ser repercutida pela jornalista Mônica Bergamo, da "Folha de S. Paulo" nesta quarta (5) por conta de seu conteúdo contraditório, que destoa do discurso religioso que vem realizando em campanha. 

Então deputado federal, Bolsonaro afirmou que aborto deve ser "uma decisão do casal" e relatou que "passou para a companheira" a decisão de abortar o filho Jair Renan, porém ela optou por não fazê-lo. Na época da publicação da entrevista, o filho tinha um ano e meio. Hoje é conhecido como 04.  

Sobre seus relacionamentos, Jair Bolsonaro declarou ainda que nunca bateu em suas ex-mulheres, mas já teve "vontade de fuzilá-la várias vezes" e também que perdeu sua virgindade com uma profissional do sexo. "Eu estava na Escola Preparatória de Cadetes do Exército, em Campinas. Ninguém tinha dinheiro. Juntávamos uns 20 alunos, fazíamos um sorteio, íamos para o baixo meretrício e os cinco sorteados faziam fila com a mesma mulher", ralatou. 

A palavra fuzilamento apareceu também em outro momento da entrevista, ao sugerir o assassinato do então presidente Fernando Henrique Cardoso. "Acho que o fuzilamento é uma coisa até honrosa para certas pessoas", completou, compartilhando um plano de como fazê-lo. "Pode-se pegar uma arma com mira e matar o presidente em Brasília. Com uma besta dá para eliminar uma pessoa a 200 metros. Até com um canivete dá para chegar no cangote do presidente". 

Sem pudor, também declarou que se divorciou da primeira esposa Rogéria Bolsonaro por ela se recusar a ser laranja quando eleita vereadora em 1992. "Ela era uma dona de casa. Por minha causa, teve 7 mil votos na eleição. Acertamos um compromisso. Nas questões polêmicas, ela deveria ligar para o meu celular para decidir o voto dela. Mas começou a frequentar o plenário e passou a ser influenciada pelos outros vereadores", afirmou. 

Fonte: Redação Nós
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