"Brasil é um país de pessoas reprimidas", diz Gianecchini
Ator disse ao Flow Podcast que foi corajoso ao "sair da gaveta" e disse que as pessoas deveriam parar de olhar para a sexualidade alheia
Na última quarta-feira (31), Reynaldo Gianecchini, de 49 anos, falou sobre sua sexualidade no Flow Podcast. Na entrevista, o ator criticou os padrões sociais e afirmou que o Brasil é um país "reprimido", além de revelar que se sentiu corajoso em "sair de uma gaveta".
"Você tem que olhar sua sexualidade com uma lupa. As pessoas tratam isso como um ‘oba, oba’, na brincadeira, como ‘olha a cabeleira do Zezé, será que ele é?’ E não é isso. Existem muitas nuances e pouca gente fluida na sua sexualidade. Acho que a gente é um país de pessoas reprimidas. Quem quiser concordar comigo ou não, mas na minha percepção, eu acho isso. Acho que isso é um grande problema da humanidade: você ser reprimido. Tudo que reprime aqui, a conta lá na frente vem, de uma forma distorcida, e não tão fluida", disse ele.
O apresentador do podcast pontuou que, ao colocar o nome de Gianecchini no Google, a maioria das perguntas que aparecem são sobre sua orientação sexual. "Só sai sexualidade. Eu não me importo de falar sobre sexualidade, mas, na verdade, não há mais o que falar. Já falei milhões de vezes. Mas se precisar falar mais vezes, eu bato na mesma tecla, que é isso: um exercício de todo mundo olhar para si. Parar de olhar para o dos outros. Eu não acredito muito nessas gavetas que foram convencionadas. Acredito que cada um tem a sua sexualidade, que pode ser diferente… A minha, eu precisei fazer esse exercício. A vida foi me levando, e acho que eu fui corajoso de sair de uma gaveta… Eu acho interessante quebrar esse castelinho. Porque o seu ser está querendo se expressar fora do que todo mundo espera de você, fora dessas convenções sociais", completou o ator, que vem sendo elogiado por sua atuação na série "Bom Dia, Verônica" (Netflix).
Reynaldo Gianecchini ainda ressaltou que se permitiu a ter novas experiências, descobertas e que quer testar paladares, mas que isso requer muita coragem. "Tem gente que não sabe nem qual é o seu real desejo", comentou.
