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Câmara aprova pena maior para lesão corporal em casos de violência doméstica; entenda o que muda

Aumento deve ser de 1/3 até metade da pena em casos de violência física em razão do sexo da vítima ou cometidas em frente à familiares

7 dez 2023 - 10h33
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A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira, 6, um projeto de lei que aumenta a pena por lesão corporal em casos de violência doméstica. O texto propõe que a pena seja aumentada em 1/3, podendo chegar até a metade, em crimes de agressão física cometida em razão do sexo (feminino) da vítima ou em frente aos filhos, pai e/ou mãe dela. O projeto segue para avaliação do Senado.

De autoria do deputado Helder Salomão (PT-ES), em substituição à proposta original da deputada Ana Paula Lima (PT-SC), pela Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família, o projeto de Lei 9905/18 estabelece que tanto a presença física, quanto virtual de descendentes ou ascendentes diretos da vítima aumentam a gravidade do caso e, consequentemente, a pena deve ser maior.

Texto aprovado pela Câmara dos Deputados é um substitutivo da deputada Ana Paula Lima (PT-SC), que faz parte da Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família, de acordo com a Agência Câmara de Notícias
Texto aprovado pela Câmara dos Deputados é um substitutivo da deputada Ana Paula Lima (PT-SC), que faz parte da Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família, de acordo com a Agência Câmara de Notícias
Foto: Zeca Ribeiro/ Câmara dos Deputados

O entendimento é de que, desta forma, traumas que crianças e adolescentes sofrem ao presenciar agressões de suas mães no ambiente doméstico sejam coibidos. O Instituto da Criança e do Adolescente já defende que a violência doméstica configura uma violência infantil e o Código Penal já pune mais fortemente os crimes de violência doméstica cometido em frente à família – isso só deve ser intensificado com o novo PL.

“Não podemos continuar permitindo que essa violência aconteça. A proteção à infância é fundamental em qualquer país”, defendeu Salomão, segundo publicação da Agência Câmara de Notícias. “Debater esse tema se faz necessário para quebrar o círculo da violência. Não se pode naturalizar a violência”, afirmou a relatora Ana Paula Lima.

Ainda de acordo com a Agência Câmara de Notícias, na ocasião, a deputada Laura Carneiro (PSD-RJ) lembrou que o Congresso já aprovou pena mais grave para feminicídio cometido diante desses familiares, o que justificaria a ampliação do agravante para outros atos de violência.

O Código Penal estabelece, hoje, que a lesão praticada em razão da condição do sexo feminino tem pena prevista de reclusão de 1 a 4 anos. Esse termo é definido como contexto de violência doméstica e familiar ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher.

Quando cometida contra ascendente, descendente ou cônjuge, a pena é aumentada em 1/3 se a lesão for de natureza grave ou dela resultar morte.

Estadão
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