Cantora Pepita cobra artistas sobre proibição do casamento homoafetivo: "Cadê as 'divas' de vocês"
Comissão da Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que proíbe pessoas do mesmo sexo de se casarem
Na tarde desta quarta-feira, 11, a cantora trans Pepita usou as redes sociais para falar sobre os artistas que não se pronunciaram em relação à proibição do casamento homoafetivo, aprovado na Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados nesta terça-feira, 10.
"Eai, cadê as 'divas' de vocês, Cade as pessoas que vocês consomem, ficam horas em fila pra assistir um show se posicionando? Cadê as pessoas cis que sobem no trio da parada em Junho, ganham rios de dinheiro da prefeitura e de marcas se posicionando? Acorda comunidade!!!", escreveu ela.
A cantora também comentou que artistas cis usam a comunidade LGBTQIA+ para se promover, mas não se pronunciam quando a comunidade precisa. "Tantos artistas cis se promovendo em cima da comunidade e na hora em que mais precisamos ninguém coloca a cara. Contratantes de paradas que deixam de contratar um artista da comunidade pra dar palco pra essas pessoas… Essa é a hora de saber quem é quem! Acordem", finalizou ela.
tantos artistas CIS se promovendo em cima da comunidade e na hora em que mais precisamos NINGUÉM coloca a cara. Contratantes de paradas que deixam de contratar um artista da comunidade pra dar palco pra essas pessoas… ESSA É A HORA DE SABER QM E QUEM! ACORDEEEEEM
— PEPITA (@PepitaOfc) October 11, 2023
Famosos se manifestam contra a proibição do casamento homoafetivo
Desde a aprovação do projeto de lei na Comissão da Câmara, diversos famosos e pessoas da comunidade LGBTQIA+ se pronunciaram contra a proposta. O econimista e ex-BBB Gil do Vigor foi um deles. "Com tanta coisa que está acontecendo no nosso país, são desastres naturais, tanta violência, tanto desemprego, fome. E os deputados estão preocupados em debater lei para tentar retroceder os direitos da comunidade LGBTQIA+", disse ele em vídeo.
Desde 2011, o Superior Tribunal Federal (STF) reconhece a união entre pessoas do mesmo sexo, que não é assegurada por lei. No entanto, a decisão do STF garante que casais homoafetivos tenham os mesmos direitos que a legislação brasileira estabelece para casais heterossexuais.