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Caso Cuca: jovem abusada por jogadores do Grêmio em 1987 morreu

Justiça tentou localizar a mulher após reabertura do processo, e descobriu morte

4 jan 2024 - 09h57
(atualizado às 11h31)
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Resumo
Justiça da Suíça descobriu que Sandra Pfäffli, vítima de um escândalo de abuso sexual em 1987, já não é mais viva. A condenação de Cuca pelo crime de estupro foi anulada e ninguém cumpriu pena, pois não voltaram à Suíça.
Em 1989, Cuca, Etges e Hamester foram condenados a 15 meses de prisão e multa
Em 1989, Cuca, Etges e Hamester foram condenados a 15 meses de prisão e multa
Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians

A Justiça da Suíça descobriu que Sandra Pfäffli, vítima de um escândalo de abuso sexual envolvendo jogadores do Grêmio, como o técnico Cuca, em 1987, já não é mais viva. A condenação de Cuca pelo crime de estupro foi anulada. Ele foi acusado de ter tido relação sexual com a mulher, que tinha 13 anos na época.

A dúvida sobre o que teria acontecido com a vítima pairava no ar, até que o Tribunal Regional de Berna-Mittlelland tentou localizar a mulher, diante da reabertura do caso, no ano passado, e descobriu que ela estava morta. 

Segundo o jornal O Globo, o gabinete da juíza Bettina Bochsler informou que ela já havia morrido. Mas descobriu um herdeiro, Sven Sghluep, que optou por não entrar no processo.

Sandra Pfäffli morreu 15 anos depois de ter sido vítima de abuso sexual. Além de Cuca, outros três jogadores do Grêmio participaram do crime, em um hotel em Berna, onde o time participava de uma excursão. Ela teria cerca de 28 anos quando morreu.

Não há informações públicas sobre qual teria sido a causa da morte da mulher.

Caso Cuca

A vítima e mais dois amigos souberam que os jogadores do Grêmio estavam hospedados em um hotel em Berna, e bateram na porta do quarto em que eles estavam, pedindo por camisas. Na época, os dois garotos disseram em depoimento que os gremistas seguraram a jovem no local, e cerca de 30 minutos depois, ela apareceu na recepção do hotel dizendo ter sido abusada sexualmente.

Cuca, Henrique Etges e Eduardo Hamester e Fernando Castoldi foram detidos e passaram cerca de um mês na prisão. Eles saíram mediante pagamento de fiança e voltaram ao Brasil, onde foram recebidos pela torcida e até parte da imprensa como vítimas.

Em 1989, Cuca, Etges e Hamester foram condenados a 15 meses de prisão e multa. Já Castoldi foi considerado cúmplice e recebeu pena mais branda, de três meses e multa. Nenhum deles cumpriu, pois não estavam na Suíça durante o julgamento e nunca mais retornaram ao país.

Por que o processo de Cuca foi anulado?

A anulação da condenação e a extinção do caso se dão, principalmente, pela falta de representação legal à época do julgamento. O Grêmio havia indicado um advogado, Peter Stauffer, que renunciou à defesa dos réus um ano antes do julgamento. Assim, Cuca, Henrique Etges e Eduardo Hamester acabaram julgados em um processo que foi instruído exclusivamente pelo promotor de acusação.

Ninguém cumpriu pena, pois não voltaram à Suíça, ao menos enquanto as condenações eram válidas, e não há tratado de extradição entre Brasil e o país dos Alpes.

Nova advogada

Na atual decisão, apenas Cuca é beneficiado, na qual foi representado pela advogada Bia Saguas, que trabalhou em conjunto com o escritório de Pedro da Silva Neves, em Genebra. Bia foi contratada após a demissão do Corinthians para tentar obter acesso à íntegra do processo, que seguia arquivado e sob sigilo de 105 anos pelas questões pessoais envolvidas.

O juiz cedeu o calhamaço de mais de mil páginas por um mês, no qual a defesa construiu seu caso para pedir a reabertura. 

Fonte: Redação Terra
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