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Choro, 28 testemunhas e sentença em 1 mês: saiba como foi o julgamento de Daniel Alves

Ministério Público solicitou uma pena de nove anos de prisão, enquanto a defesa da suposta vítima pediu uma pena maior, de 12 anos

8 fev 2024 - 14h21
(atualizado às 14h27)
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Daniel Alves alegou que mentiu inicialmente para evitar que sua esposa soubesse
Daniel Alves alegou que mentiu inicialmente para evitar que sua esposa soubesse
Foto: Reprodução: Instagram/danialves

O julgamento do ex-jogador Daniel Alves, acusado de estuprar uma mulher em uma boate de Barcelona, chegou ao fim após três dias na última quarta-feira, 7. Durante a audiência, Alves prestou depoimento e chorou, afirmando que a relação sexual foi consensual. No total, 28 pessoas foram chamadas para testemunhar.

O Ministério Público da Espanha solicitou uma pena de nove anos de prisão, enquanto a defesa da suposta vítima pediu uma pena maior, de 12 anos. Segundo a imprensa espanhola, o resultado da sentença deve sair em até um mês, mas ainda não há um prazo oficial estabelecido. O ex-jogador está preso preventivamente desde janeiro do ano passado.

Choro e íntegra do depoimento: o terceiro dia do julgamento de Daniel Alves Choro e íntegra do depoimento: o terceiro dia do julgamento de Daniel Alves

Primeiro dia, segunda-feira (5)

O primeiro dia ficou marcado com o testemunho da mulher que acusa Daniel Alves de estupro. Ela falou por cerca de uma hora. Acompanhada por psicólogos, a voz da mulher foi modificada para protegê-la e a imprensa não teve acesso ao julgamento. A equipe de defesa do ex-jogador, por outro lado, solicitou que ele fosse o último a prestar depoimento. Essa solicitação foi concedida, e Alves só testemunhou na quarta-feira.

A vítima manteve sua versão dos fatos, afirmando que foi estuprada pelo ex-jogador no banheiro da boate. Além disso, uma prima e uma amiga da denunciante também prestaram depoimento no mesmo dia, relatando que Alves as apalpou.  

Em detalhes, a prima da suposta vítima relatou que a mulher saiu do local chorando e dizendo “ele me machucou muito”. No mesmo dia, funcionários da boate também foram ouvidos.

Ainda na segunda-feira, a advogada de Daniel Alves, Inés Guardiola, alegou que seu cliente se considera uma vítima de um “tribunal paralelo” formado pela opinião pública, e solicitou a anulação do processo. A advogada também requisitou a realização de novos testes antes de continuar o julgamento, porém, a juíza não aceitou o pedido.

Segundo dia, terça-feira (6)

No segundo dia, a modelo Joana Sanz, ex-esposa de Daniel Alves, testemunhou. Ela afirmou que o ex-marido saiu para jantar com os amigos em um restaurante e retornou para casa por volta das quatro da manhã, bastante embriagado.

Bruno Brasil, que estava presente na boate com Daniel, afirmou que o ex-jogador foi quem mais consumiu bebidas alcoólicas. Ele também mencionou não ter presenciado a vítima demonstrar sinais de choro ou incômodo ao sair do banheiro. 

Terceiro dia, quarta-feira (7)

Durante seu depoimento, Daniel Alves admitiu ter consumido bastante álcool na madrugada do dia 31 de dezembro de 2022. Negando as acusações, Alves chorou e reforçou não ser uma pessoa violenta, além de afirmar que não coagiu a denunciante a acompanhá-lo até o banheiro. Alves alegou que mentiu inicialmente para evitar que sua esposa soubesse do ocorrido.

Daniel Alves afirmou que chegou na boate por volta das duas da manhã, e que dançou com duas mulheres. Posteriormente, chamou mais três, incluindo a denunciante. O atleta declarou que dançou com a mulher e que não insistiu para que fossem ao banheiro.

De acordo com especialistas e com a imprensa, a defesa do ex-jogador se apega à questão da ingestão de bebida alcoólica porque, segundo a lei espanhola, essa condição seria um atenuante na aplicação da pena em uma possível condenação.

Fonte: Redação Nós
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