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Claudia Leitte rompe o silêncio após ser denunciada por racismo religioso: 'Integridade'

Artista substitui nome de Iemanjá por Rei Yeshua e é denunciada por racismo religioso. Claudia Leitte rompe o silêncio após acusação do Ministério Público

30 dez 2024 - 10h45
(atualizado às 11h52)
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Claudia Leitte rompe o silêncio sobre críticas após acusação de racismo
Claudia Leitte rompe o silêncio sobre críticas após acusação de racismo
Foto: Reprodução/Instagram / Contigo

Ciente de toda a repercussão após substituir o nome do orixá Iemanjá por Rei Yeshua inúmeras vezes, Claudia Leitte decidiu romper o silêncio e comentar sobre as críticas durante o Festival Virada Salvador 2025, na Arena O Canto da Cidade, na orla da Boca do Rio, realizado na madrugada de domingo (29) para hoje (30). A cantora foi denunciada ao Ministério Público da Bahia por um possível crime de racismo religioso, cometido durante uma apresentação no dia 14 de dezembro. 

Em uma coletiva de imprensa, a artista se posicionou contra os comentários negativos: "Eu acho que esse assunto é muito sério. Eu, no meu lugar de privilégios, penso que racismo é uma pauta para ser discutida com muita seriedade e não de uma forma superficial".

Na apresentação desta madrugada, Claudia Leitte optou por não colocar a música Caranguejo, alvo da polêmica, em seu repertório. "Eu prezo muito pelo respeito, pela solidariedade, pela integridade. A gente não pode negociar esses valores de jeito nenhum, nem colocar isso dessa maneira, jogado ao tribunal da internet. É isso", concluiu.

Embora tenha tirado a música de seu repertório na apresentação em Salvador, ela voltou a cantar Caranguejo no pré-Réveillon no Recife, no sábado (28), e novamente alterou a canção, substituindo Iemanjá por Rei Yeshua.

Vale destacar que o Ministério Público da Bahia apontou que o foco é apurar a "responsabilidade civil diante de possível ato de racismo religioso consistente na violação de bem cultural e de direitos das comunidades religiosas de matriz africana". O órgão foi notificado sobre o caso pela Iyalorixá Jaciara Ribeiro, do Instituto de Defesa dos Direitos das Religiões Afro-Brasileiras (Idafro), e foi instaurado por meio da Promotoria de Justiça de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa.

Em vídeos que viralizaram nas redes sociais, a artista aparece cantando "eu canto meu Rei Yeshua" no lugar de "saudando a rainha Iemanjá", como já fez em diversos outros shows. Pedro Tourinho, secretário Cultura e Turismo de Salvador, se posicionou contra a atitude em seu perfil nas redes sociais, recebendo apoio de Ivete Sangalo.

"Quando um artista se diz parte desse movimento, saúda o povo negro e sua cultura, reverencia sua repercussão e musicalidade, faz sucesso e ganha muito dinheiro com isso, mas, de repente, escolhe reescrever a história e retirar o nome de Orixás das músicas, não se engane: o nome disso é racismo", disparou.

 
 
 
 
 
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*Texto de Júlia Wasko

Júlia Wasko é estudante de Jornalismo e apaixonada por notícias, entretenimento e comunicação. Siga Júlia Wasko no Instagram: @juwasko

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