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Colégio Militar proíbe alunos do mesmo sexo de formarem duplas em quadrilha de festa junina; instituição nega

Escola negou que teria feito proibição e divulgou foto dos ensaios dos alunos, onde é possível ver estudantes do mesmo sexo dançando juntos

6 jun 2024 - 11h27
(atualizado em 7/6/2024 às 13h42)
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Resumo
O Colégio Militar Dom Pedro II emitiu um documento proibindo os alunos do mesmo sexo de formarem duplas para a tradicional quadrilha de festa junina, o que os estudantes consideraram uma discriminação.
Em documento, colégio afirmou que alunos em duplas com pessoas do mesmo sexo teriam que fazer uma apresentação solo
Em documento, colégio afirmou que alunos em duplas com pessoas do mesmo sexo teriam que fazer uma apresentação solo
Foto: CMDPII/Divulgação

O Colégio Militar Dom Pedro II emitiu um documento proibindo alunos de mesmo sexo de formarem duplas para a tradicional quadrilha de festa junina. Os estudantes consideraram a medida uma discriminação e denunciaram o caso à Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF). As informações são do site Metrópoles.

No documento, divulgado pelo site, o colégio afirmou que se houvesse duplas com pessoas do mesmo sexo, os alunos teriam que fazer uma apresentação solo. "Não será autorizado dança com alunos do mesmo sexo", disse um trecho. "Atentar se na turma tiver casais do mesmo sexo fazer dança com coreografia solo na encenação."

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O Colégio Militar Dom Pedro II também define, no documento, as diretrizes de horários, vestimentas e temáticas que devem ser abordadas pelos alunos. A escola pública, na qual os alunos ingressam através de um processo seletivo, é supervisionada pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF).

A Defensoria Pública do Distrito Federal deve emitir uma recomendação ao colégio nos próximos dias, de acordo com o que Ronan Figueiredo, coordenador do Núcleo de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos da DPDF, informou ao site Metrópoles. 

Ao Terra NÓS, o Colégio Militar Dom Pedro II afirmou que nunca emitiu nenhuma diretriz discriminatória. Leia a nota na íntegra:

"Nos surpreendem as notícias sobre uma possível discriminação no Colégio Militar Dom Pedro II, instituição que trabalha para eliminar qualquer discriminação entre seus quase 4.000 alunos.

Em relação às atividades culturais mencionadas, o CMDP II realiza eventos com a participação de todos os alunos, pais e colaboradores. Nos dias 8, 14 e 15 de junho, ocorrerá a tradicional "Festa das Regiões", que envolve mais de 12.000 pessoas e celebra a cultura das cinco regiões do Brasil.

Ressaltamos que a escolha das danças culturais foi feita pelos próprios alunos, com suporte do CMDP II, garantindo liberdade de escolha dentro dos princípios institucionais. A dança típica do forró, por exemplo, foi uma decisão dos alunos, destacando-se pela formação de pares e valorização da cultura nordestina. Ressaltando que não houve formação completa de pares, tendo em vista que o número de alunos homens foi inferior ao número de alunas mulheres na respectiva série. Uma realidade em que diante da situação as alunas que estavam desacompanhadas desenvolveram o treinamento da dança com outras alunas, sem problema algum. Tudo tendo em vista o escopo cultural e pedagógico do evento.

O CMDP II nunca emitiu nenhuma diretriz discriminatória, fato que possuímos meio formal para informações à comunidade como a plataforma Escolaweb e nunca houve nenhum documento com tais orientações.

Os alunos menores do CMDP II, em desenvolvimento, são protegidos integralmente, respeitando as leis e regulamentos.

Destacamos o respeito, a liberdade, a família e a comunidade como valores essenciais. Não há vínculo entre nossas atividades e discriminação de qualquer ordem." 

O colégio ainda enviou uma foto dos ensaios dos alunos, na qual é possível ver estudantes do mesmo sexo dançando juntos.

"Destacamos o respeito, a liberdade, a família e a comunidade como valores essenciais", informou o Colégio Militar Dom Pedro II
"Destacamos o respeito, a liberdade, a família e a comunidade como valores essenciais", informou o Colégio Militar Dom Pedro II
Foto: Arquivo pessoal

A reportagem também entrou em contato com a Defensoria Pública do Distrito Federal para mais esclarecimentos. O espaço segue aberto para manifestações.

LGBTfobia é crime. Saiba como denunciar 

LGBTfobia é crime, com pena de prisão prevista em lei. Ao presenciar qualquer episódio de LGBTfobia, denuncie. Você pode fazer isso por telefone, ligando 190 (em caso de flagrante) ou 100 a qualquer horário; pessoalmente ou online, abrindo um boletim de ocorrência em qualquer delegacia ou em delegacias especializadas.

Saiba mais sobre como denunciar aqui.

Fonte: Redação Nós
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