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Comunidade LGBT+ será representada por duas candidatas ao Senado

As candidatas do PSOL, Marília Freire (AM) e Sara Azevedo (MG), são mulheres lésbicas e as duas únicas representantes da comunidade LGBTQIA+

24 ago 2022 - 18h59
(atualizado às 19h01)
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A terceira candidatura LGBT+ ao Senado era de Paulo Anacé, do PSOL do Ceará, mas a coligação partidária daquele estado barrou sua candidatura.
A terceira candidatura LGBT+ ao Senado era de Paulo Anacé, do PSOL do Ceará, mas a coligação partidária daquele estado barrou sua candidatura.
Foto: Reprodução

Os estados do Amazonas e Minas Gerais terão candidaturas com representantes LGBT+ ao Senado Federal nestas eleições. As candidatas do PSOL, Marília Freire (AM) e Sara Azevedo (MG), são mulheres lésbicas e as duas únicas representantes da comunidade LGBT+ à Casa Legislativa que conta com 237 candidaturas, segundo o portal do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Ambas as candidatas são do PSOL, partido que é disparado a legenda com mais candidaturas LGBTQIA+ do Brasil. Conforme levantamento da organização Vote LGBT, mais de um terço das candidaturas é do PSOL.

Em sua primeira candidatura, Marília Freire é a postulante do PSOL ao Senado pelo Amazonas aos 39 anos. Ela foi a escolhida pelo partido para quebrar paradigmas no estado que nunca teve uma candidatura LGBT+ e atualmente conta com três senadores, todos eles homens brancos e sucessores das oligarquias que historicamente comandam o estado.

Marília atua em movimentos das mulheres, contra a violência obstétrica, é ativa na frente estadual pelo desencarceramento, atuante em políticas públicas e sociais, além das pautas LGBTQIA+. “O partido entendeu que a minha candidatura vai de encontro com muitas pautas de interesse ideológico da legenda”, disse ela que concorreu a vaga com outros dois pré-candidatos.

Já o estado de Minas Gerais terá pela segunda vez uma candidatura LGBT ao Senado, a primeira foi Duda Salabert – a vereadora mais votada da história de Belo Horizonte e a primeira mulher travesti a se candidatar a uma vaga no Senado. Desta vez, é Sara Azevedo que disputa uma cadeira na casa que conta com três senadores pelo estado mineiro, incluindo o presidente Rodrigo Pacheco (PSD/MG). Aos 37 anos, ela é a candidata mais nova nestas eleições a uma vaga no Senado.

“Minha candidatura é uma quebra de estereótipos no Senado dominado por homens brancos e poderosos, que possuem uma mentalidade arcaica. Nossa luta é fundamental para a construção política do país e precisamos estar representados em todos os espaços políticos”, declarou Sara, que foi candidata a vice-governadora em 2018 e é professora, esposa, feminista, militante pela educação e pela comunidade LGBT+.

Partido com mais candidatos LGBT+

Levantamento feito pela organização Vote LGBT, que mapeou as candidaturas LGBTQIA+, mostra que o PSOL é a leganda com mais candidaturas representantes desta comunidade do Brasil.

A organização encontrou até agora 214 candidatos e candidatas autodeclaradas LGBTQIA+ pelo país, dos quais 81 são do PSOL (38%). Outras 49 candidaturas são do PT e 23 do PSB, outros partidos com maior quantidade de candidaturas. No total, 85% das candidaturas LGBTQIA+ estão em partidos de esquerda e apenas 2% em partidos de direita.

“As lutas LGBTQIA+ sempre tiveram espaço e foram protagonistas nas lutas do PSOL. Fomos por muito tempo o único partido com parlamentares assumidamente LGBTQIA+ no Congresso Nacional”, declarou o partido.

O levantamento da organização contabilizou 121 candidatos a deputados estaduais, 81 a federais, 8 a distritais, três a senador e 1 a governador.

A terceira candidatura LGBT+ ao Senado era de Paulo Anacé, do PSOL do Ceará, mas a coligação partidária daquele estado barrou sua candidatura, porém ele concorrerá como deputado federal. “Continuo sendo o único indígena LGBT candidato do estado do Ceará”, afirma Anacé.

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