Script = https://s1.trrsf.com/update-1731945833/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Conheça a história da única sobrevivente trans italiana do Holocausto

Entrando e saindo de prisões e campos de concentração, Lucy Salani morreu aos 98 anos de idade em 2023

13 abr 2024 - 05h00
Compartilhar
Exibir comentários
Resumo
Lucy Salani nasceu em Fossano e foi a única sobrevivente trans italiana do Holocausto. Entre prisões e fugas, ela viveu uma vida tranquila depois de ser libertada do campo de concentração pelo exército americano.
Lucy Salani faria 100 anos de idade no dia 12 de agosto deste ano
Lucy Salani faria 100 anos de idade no dia 12 de agosto deste ano
Foto: Reprodução: Instagram/lucacaputa

Nascida em Fossano, província de Cuneo, Lucy Salani foi a única sobrevivente trans italiana do Holocausto, genocídio que ocorreu na Segunda Guerra Mundial entre 1939 e 1945 em campos de concentração nazistas.

Chamada para o serviço militar italiano em agosto de 1943, Lucy desertou de seu posto e retornou para Bolonha para se reencontrar com os pais. No entanto, preocupada com o risco que sua decisão representava para eles, acabou se juntando ao exército alemão em Suviana. Em uma tentativa de escapar, Lucy pulou em um rio gelado, o que resultou em sua hospitalização devido a uma pneumonia.

8 pessoas trans que revolucionaram suas áreas e você não sabia 8 pessoas trans que revolucionaram suas áreas e você não sabia

De volta a Bolonha, ela trabalhou como prostituta e acabou sendo presa por ser uma desertora, sendo inicialmente condenada à morte. Sua pena, porém, foi transformada em trabalho forçado em um campo de Bernau, no sul da Alemanha, de onde também fugiu. 

No entanto, ela foi encontrada e levada para Dachau, conhecido por ser um dos maiores campos de concentração nazista. Em Dachau, Lucy foi obrigada a trabalhar no transporte dos corpos para a cremação, uma experiência angustiante que durou seis meses até sua libertação pelo exército americano em 1945. 

Durante os anos 1970, Lucy viveu em Turim, Milão, Paris e Londres, onde, em meados da década seguinte, fez uma cirurgia de redesignação sexual. Ao retornar a Bolonha, Lucy se dedicou a cuidar dos pais e, após o falecimento deles, levou uma vida tranquila, recebendo visitas regulares dos voluntários do Movimento Identidade Trans, que continuaram a oferecer apoio e companhia.

Tendo sua história retratada no documentário “C'è um soffio di vita soltanto” (“Há apenas um sopro de vida” em português), de Matteo Botrugno e Daniele Coluccini, Lucy morreu em março de 2023 aos 98 anos. 

Fonte: Redação Nós
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade