Conheça a história de Rosie, heroína de ilustração que virou símbolo do feminismo
Popularizado na década de 1980, o pôster não foi criado com o propósito de representar o empoderamento feminino
O pôster de Rosie the Riveter se tornou símbolo feminista a partir dos anos 80, mas foi criado para incentivar mulheres a trabalhar nas fábricas durante a Segunda Guerra Mundial.
-u82wefr1gvuf.png "Rosie foi criada durante a Segunda Guerra Mundial após a partida dos homens para o conflito")
No universo do feminismo, uma das imagens mais icônicas é o pôster que apresenta uma mulher em um macacão azul e uma bandana de bolinhas vermelhas e brancas. Com o cabelo preso para trás e os músculos do braço destacados, ela exibe com orgulho o lema “We can do it” (Nós podemos fazer isso).
Rosie, como é chamada, foi criada pelo artista J. Howard Miller para motivar as mulheres durante a Segunda Guerra Mundial. Com a partida dos homens para a guerra, elas passaram a ocupar os postos nas fábricas. O pôster foi exibido para as funcionárias da companhia elétrica Westhouse por um período de duas semanas em 1943.
-1hv2ot95rcyn5.jpg)
Rosie também surgiu para impedir a desistência das mulheres da fábrica e desencorajar possíveis greves. Uma motivação que desapareceu assim que os homens retornaram da guerra.
Embora o pôster não tenha sido originalmente criado para promover o empoderamento feminino, a ilustração acabou se tornando um símbolo do movimento feminista a partir da década de 1980.
10 equívocos sobre o feminismo que é preciso parar de reproduzir
Inspiração para a criação de Rosie
Por muitos anos, a verdadeira identidade da mulher que inspirou Rosie permaneceu desconhecida. No entanto, o acadêmico James Kimble, da Universidade Seton Hall, de Nova Jersey, publicou um estudo revelando que Naomi Parker Fraley era a modelo por trás da figura de Rosie.
Ele encontrou uma foto em preto e branco de 1942 mostrando Naomi, com 20 anos na época, usando a bandana de bolinhas e operando uma máquina na fábrica de equipamentos de Alameda, na Califórnia, onde estava empregada.
Nascida em 1921, Naomi era garçonete e terceira filha mais velha de oito irmãos. Após o ataque a Pearl Harbor em 1941, ela começou a trabalhar na Base Aeronaval de Alameda, acompanhada por sua irmã Ada, que na época tinha 18 anos.
Naomi faleceu em janeiro de 2018 aos 96 anos, no estado de Washington, Estados Unidos.
