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Conheça as lideranças indígenas da equipe de transição

Das 10 pessoas do grupo de trabalho de Povos Originários, 8 são indígenas

17 nov 2022 - 12h39
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As deputadas federais Sônia Guajajara e Célia Xakriabá compõem equipe de transição
As deputadas federais Sônia Guajajara e Célia Xakriabá compõem equipe de transição
Foto: Reprodução Instagram

Desde a eleição do presidente Lula (PT) no dia 31 de outubro, começaram as especulações de quem iria compor a Equipe de Transição de governo. Durante o discurso de vitória na Avenida Paulista, em São Paulo, no mesmo dia, Lula sinalizou a criação do ministério dos Povos Originários e nesta quarta, 17, o coordenador da transição, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) anunciou uma equipe dedicada para o tema da população Indígena.   

O grupo de trabalho é composto pelos ex-presidentes da FUNAI, o político amazonense João Pedro Gonçalves da Costa, pelo o historiador e antropólogo Márcio Augusto Freitas de Meira e, principalmente, por lideranças indígenas. Saiba mais sobre elas:

Benki Piyãko, também conhecido como Benki Ashaninka é um representante político e xamânico do povo Ashaninka, divisa do Acre, no Brasil, com o Peru. Entre 2005 e 2007, foi secretário do meio ambiente da região do rio Juruá, no Acre, e desde 2007 dirige o centro de treinamento Yorenka Ãtame (saber da floresta), na cidade de Marechal Thaumaturgo, além de coordenar uma ação com jovens indígenas no projeto “Jovens Guerreiros Guardiões da Floresta”. 

Em 2013, Benki recebeu o  Prêmio dos Direitos Humanos da cidade de Weimar, na Alemanha, por sua atuação. 

Célia Nunes Correa, também conhecida como Célia Xakriabá, foi eleita deputada federal por Minas Gerais. É professora e ativista indígena do povo Xakriabá no estado que a elegeu. É mestre  em desenvolvimento sustentável pela UnB (Universidade de Brasília) e doutoranda em antropologia pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), além de fazer parte da Articulação Rosalino Gomes, presente no Norte de Minas, e uma das fundadoras da Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade. 

Durante seu trabalho na Secretaria de Educação de Minas Gerais, colaborou com a abertura de escolas indígenas, quilombolas e com a reabertura de escolas do campo em todo o estado.

Davi Kopenawa, da etnia Yanomami, é presidente da Hutukara Associação Yanomami, ativista na defesa dos povos indígenas e da floresta amazônica, além de autor, roteirista, produtor cultural e palestrante. Seu livro “A queda do céu – palavras de um xamã yanomami”, publicado em 2010, em coautoria com o antropólogo francês Bruce Albert, é considerado um dos mais potentes tratados indígenas já feito. Já o longa “A Última Floresta”, realizado por ele em 2021 e disponível na Netflix, recebeu o Prêmio do Público no Festival de Berlim e Melhor Filme no Festival de Seul, entre outras honrarias pelo mundo. 

Joênia Batista de Carvalho, conhecida como Joênia Wapichana, é advogada e deputada federal pelo estado de Roraima em 2018. Tanto no direito quanto na política institucional foi pioneira, sendo considerada a primeira mulher indígena a advogar no país e exercer um cargo no congresso nacional. Formada pela UFFR (Universidade Federal de Roraima), fez mestrado na Universidade do Arizona, nos EUA. 

Atuou pela demarcação da reserva indígena Raposa do Sol, além de trabalhar no departamento jurídico do Conselho Indígena de Roraima (CIR). Em 2018, recebeu o Prêmio de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) e em 2010 a Ordem do Mérito Cultural do Ministério da Cultura. 

Juliana Cardoso foi eleita vereadora quatro vezes seguidas na cidade de São Paulo e no último pleito, à deputada federal pelo estado paulista. Educadora e ativista dos movimentos sociais e sindical, nasceu na Zona Leste de São Paulo e se formou politicamente  nas Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) e na Pastoral da Juventude.

Enquanto vereadora apresentou 355 projetos de lei entre os de autoria e coautoria, tendo 111 aprovados, integrou as Comissões de Saúde (da qual foi presidente por duas vezes) e a Comissão de Defesa dos Direitos da Criança e a Comissão de Direitos Humanos. Atualmente, integra a Direção Nacional do PT e é conselheira do Instituto Lula.

Marivelton Baré é presidente da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro – FOIRN e natural do município de Santa Isabel do Rio Negro, interior do Amazonas. Por sua atuação, foi um dos cinco vencedores do prêmio internacional de viagens “Changing Your Mind 2021” (Mudando Sua Mente 2021), da revista americana "Vanity Fair". 

Sônia Bone de Souza Silva Santos, conhecida como Sônia Guajajara, foi eleita deputada federal por São Paulo, onde recebeu 156.966 votos. Ela é do povo Guajajara/Tentehar, que habita a Terra Indígena Araribóia, no Maranhão. Graduada em letras e enfermagem, fez pós-graduação em educação especial na UEMA (Universidade Estadual do Maranhão). Em 2022, foi escolhida pela revista Time como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo e em  2015 recebeu a Ordem do Mérito Cultural do governo federal. 

Tapi Yawalapiti é liderança e cacique do povo Yawalapíti da região do alto Xingu no Mato Grosso, que inclui 16 povos, entre originários e transferidos de outras regiões, totalizando 9 mil pessoas. É formado em licenciatura para Professores Indígenas pela UNEMAT (Universidade do Estado de Mato Grosso). Foi vice-presidente do Instituto de Pesquisa Etno Ambiental do Xingu e presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena do Xingu. 

Regulamentada por lei, a mudança de gestão de governo se dá entre a eleição e a posse, onde uma equipe formada pelo presidente eleito obtém informações e detalhes sobre a situação das contas públicas, projetos e programas do governo federal.

Fonte: Redação Nós
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