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Conheça Maud Wagner, a tatuadora que desafiou a sociedade para fazer história

No início do século XX, ela despertava a curiosidade por causa do corpo todo tatuado e viajava pelos EUA mostrando sua arte

4 ago 2024 - 05h00
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Na imagem mais icônica de Maud Wagner dá para ver desenhos de animais e árvores em sua pele
Na imagem mais icônica de Maud Wagner dá para ver desenhos de animais e árvores em sua pele
Foto: Wikimedia Commons

Numa época em que as tatuagens eram relacionadas às pessoas marginalizadas - no caso das mulheres, às prostitutas -, Maud Wagner (1877-1961) desafiou as convenções não só para ostentar diversos desenhos em seu corpo, mas para se profissionalizar na arte. Graças ao seu talento, Maud se tornou a primeira mulher reconhecida como tatuadora nos Estados Unidos e virou referência mundial.

Nascida no Condado de Lyon, no Kansas, Maud trabalhou como trapezista e contorcionista em diversos circos itinerantes. Na Exposição Universal de 1904, em Saint Louis (Missouri), ela conheceu Gus Wagner, considerado "o homem mais tatuado da América". Comerciante naval, Gus aprendeu a pintar a pele com tribos indonésias e tinha cerca de 300 tatuagens. 

Fascinada, Maud aceitou um encontro romântico com Gus pedindo, em troca, que ele aceitasse ensiná-la a tatuar. Os dois logo se tornaram um casal e ele passou a fazer desenhos na pele dela. 

Maud se especializou na técnica artesanal do hand poked, sem máquina e com o desenho feito ponto por ponto com a agulha. Aos 30 anos, ela já tinha o corpo todo tatuado, quebrando estereótipos e estigmas que cercavam o assunto.

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Juntos, Maud e Gus percorreram o país em espetáculos circenses e os chamados "shows de horrores", eventos populares em que a visão de corpos tatuados despertava a curiosidade. Os dois foram os responsáveis por espalhar a arte na pele pelos Estados Unidos.

Apesar do inegável talento que possuía, Maud, por questões machistas, muitas vezes foi preterida pelos clientes, que preferiam ser tatuados por Gus.

Não há muitos registros fotográficos sobre o trabalho de Maud. O que dá para ver, em sua imagem mais icônica, é que ela tinha muitos animais na pele, como macacos, borboletas, leões, cavalos, cobras, além de árvores, mulheres e seu próprio nome no braço esquerdo.

Com Gus, o marido, aprendeu a dominar a técnica artesanal do hand poked
Com Gus, o marido, aprendeu a dominar a técnica artesanal do hand poked
Foto: Reprodução/Exposição "American Tattoo: The Art of Gus Wagner"

Maud Wagner morreu em 1961, em Oklahoma, sem acompanhar a popularização das tatuagens e da normalização de desenhos em corpos femininos. Ela e Gus tiveram uma filha, Lotteva, que aprendeu a tatuar com apenas nove anos de udade e se tornou uma renomada tatuadora, mesmo sem ter nenhuma tatuagem. Ela sempre se recusou a permitir que alguém tocasse sua pele com agulhas, exceto os próprios pais. 

Fonte: Redação Nós
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