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Conheça rede que apoia mulheres negras na aviação e ganhou R$ 400 mil no programa do Huck

O Quilombo Aéreo tem como objetivo principal combater o racismo e a baixa presença de mulheres negras no setor

3 jul 2024 - 05h00
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Resumo
A iniciativa Quilombo Aéreo, criado pelas comissárias de voo Kenia Aquino e Laiara Amorim, ajuda a formar mulheres negras que querem trabalhar na área da aviação. As fundadoras da iniciativa estiveram no The Wall, quadro do Domingão com Huck, e conseguiram R$ 400 mil no programa.
O Quilombo Aéreo surgiu a partir dos projetos que as fundadoras já tinham no Instagram, o Voo Negro, de Kenia, e Voe Como Uma Garota Negra, de Laiara.
O Quilombo Aéreo surgiu a partir dos projetos que as fundadoras já tinham no Instagram, o Voo Negro, de Kenia, e Voe Como Uma Garota Negra, de Laiara.
Foto: Reprodução: Instagram/quilomboaereo

Em um setor ainda marcado pela falta de representatividade, uma iniciativa surgiu como importante oportunidade para a comunidade negra na aviação. Criada em 2018 pelas comissárias de voo Kenia Aquino e Laiara Amorim, a iniciativa Quilombo Aéreo tem como objetivo principal combater o racismo e a baixa presença de mulheres negras no setor.

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O Quilombo Aéreo, que surgiu a partir dos projetos que as fundadoras já tinham no Instagram, o Voo Negro, de Kenia, e Voe Como Uma Garota Negra, de Laiara, é uma "iniciativa dedicada a promover a inclusão, o empoderamento e a visibilidade da comunidade negra na Aviação Civil Brasileira", segundo seu site. A iniciativa, apesar de focar em oportunidades para as mulheres negras, também contribui para a formação de homens negros.

O Quilombo Aéreo oferece cursos profissionalizantes, bolsas de estudos e consultoria especializada nas pautas raciais dentro da aviação, com atendimento psicológico e jurídico afro centrado. Para ajudar a manter a rede de apoio, a instituição recebe doações e tem uma loja online. 

No final de 2020, o Quilombo Aéreo se inscreveu no edital de uma plataforma online de financiamento coletivo para projetos sociais, culturais, econômicos e ambientais para conseguir levar mais pessoas negras para a aviação. O projeto "Pretos que Voam" da instituição foi selecionado. Ele visa pagar o curso de aviação, provas na Agência de Aviação Civil (ANAC), um curso de língua estrangeira e os uniformes para alunos que não teriam condições financeiras de arcar com os custos. A primeira edição do projeto aconteceu em Porto Alegre e recebeu cerca de 1600 inscrições.

O Instagram do Quilombo Aéreo, que atualmente é o Voo Negro, compartilha histórias de pessoas que receberam a mentoria, foram aprovadas em companhias aéreas com o incentivo da iniciativa e, também, fotos de mulheres e homens negros atuando como comissários.

The Wall

Em junho deste ano, o Quilombo Aéreo esteve no The Wall, quadro do programa da TV Globo "Domingão com Huck". Kenia e Laiara falaram sobre o objetivo da iniciativa e o racismo no setor aéreo. Elas saíram de lá com R$ 400 mil para o projeto.

"A questão do colorismo afeta a forma como o racismo vai chegar na gente. Por exemplo, a Kenia já teve problemas a bordo que eu não enfrentei, de passageiro não querer pegar as coisas da mão dela, de chamar ela de 'queimadinha'", contou Laiara.

Nas redes sociais, as fundadoras do Quilombo Aéreo comemoraram o prêmio: "Esse prêmio nos permitirá continuar nossa luta contra o racismo na aviação e formar mais mulheres negras pilotas. Mas a nossa jornada não para por aqui. Nosso próximo grande objetivo é comprar nosso próprio avião! Para isso, contamos com o apoio de todos vocês."

Fonte: Redação Nós
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