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Copa do Mundo: jogadores da Austrália fazem vídeo para cobrar Catar por direitos humanos

Atletas cobraram maior atenção do país aos direitos dos trabalhadores imigrantes e à liberdade do movimento LGBT+

27 out 2022 - 11h51
(atualizado às 14h16)
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Para os australianos, o país-sede da Copa do Mundo deste ano precisa fazer mais para atender às demandas básicas de direitos humanos.
Para os australianos, o país-sede da Copa do Mundo deste ano precisa fazer mais para atender às demandas básicas de direitos humanos.
Foto: Reprodução

A menos de um mês para o início da Copa do Mundo, os jogadores da seleção da Austrália aumentaram a pressão sobre o governo do Catar quanto aos direitos humanos. Em vídeo divulgado nesta quinta-feira, atletas da equipe, que estará no Mundial, cobraram maior atenção do país aos direitos dos trabalhadores imigrantes e à liberdade do movimento LGBT+.

"Há valores universais que deveriam definir o futebol, valores como respeito, dignidade, confiança. Quando representamos nossa nação, desejamos encarnar esses valores", declarou o goleiro Matt Ryan, capitão da seleção australiana.

O jogador avisou que o elenco australiano vem acompanhando o noticiário sobre o tema e também os especialistas ligados a questão dos direitos humanos. "Nos últimos dois anos, estivemos numa jornada para entender e aprender mais sobre a situação no Catar", afirmou o goleiro.

"Não somos especialistas, mas temos ouvido de grupos, como a Anistia Internacional, Fifa, Comitê Supremo, Organização Internacional do Trabalho, FifPro e, o mais importante os trabalhadores imigrantes do Catar", declarou o atacante Mitchell Duke, no mesmo vídeo.

Para os australianos, o país-sede da Copa do Mundo deste ano precisa fazer mais para atender às demandas básicas de direitos humanos. "Ao mesmo tempo em que as reformas no Catar são um passo importante e bem-vindo, a sua implementação segue inconsistente e exige melhorias", afirmou o goleiro Mitchell Langerak.

Já o meia Denis Genreau citou especificamente a questão dos direitos das pessoas LGBT+. "No Catar, as pessoas não são livres para amar a pessoa que escolham. Abordar essas questões não é fácil, e não temos todas as respostas", disse o jogador.

O vídeo foi publicado nas redes sociais da seleção australiana poucas horas depois de a federação de futebol do país emitir comunicado sobre os mesmos temas.

"Sendo o esporte mais multicultural, diverso e inclusivo em nosso país, acreditamos que todos devem se sentir seguros e ser autênticos. Embora reconheçamos os mais altos níveis de garantias dados pelo Emir do Catar e pelo presidente da Fifa de que os fãs LGBT+ serão recebidos com segurança no Catar, esperamos que essa abertura possa continuar para além do torneio", escreveu a federação, em comunicado.

Estadão
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