Corintianos são vítimas de racismo por parte de torcedor do Boca Juniors em jogo da Libertadores
Vídeo divulgado nas redes sociais mostra torcedor da equipe argentina imitando um macaco em direção à área reservada aos brasileiros no estádio La Bombonera
Mais um caso de racismo foi registrado, nesta terça-feira, na Copa Libertadores. Antes de a bola rolar para o jogo entre Boca Juniors e Corinthians, um vídeo registrou um torcedor da equipe argentina imitando um macaco em direção ao local destinado para os brasileiros no estádio La Bombonera.
No primeiro duelo entre os dois times na fase de grupos do torneio sul-americano, um torcedor do Boca foi detido após cometer injúria racial contra corintianos na Neo Química Arena. Em outras rodadas, foram identificados outros casos de racismo em jogos envolvendo Palmeiras (diante do Emelec), Fortaleza (River Plate), Red Bull Bragantino (Estudiantes), Flamengo (Universidad Católica) e Fluminense (Olimpia e Millonarios).
Os torcedores racistas das equipes de Buenos Aires foram suspensos de ingressar em qualquer estádio da capital argentina. Leandro Ponzo, do Boca Juniors, não poderá assistir aos jogos presencialmente por quatro anos, enquanto Gustavo Sebastián Gómez, do River Plate, por dois.
Diante do aumento expressivo de casos de racismo identificados nas competições sul-americanas, a Conmebol anunciou na última semana uma série de mudanças em seu Código Disciplinas para aumentar as punições a clubes, jogadores e torcedores que cometam atos discriminatórios.
Clubes podem ser punidos com jogos com portões fechados e sancionados com pena pecuniária de até US$ 100 mil (cerca de R$ 500 mil). Atletas estão sujeitos a ficarem fora de até cinco partidas, caso cometam qualquer tipo de injúria racial.
"Qualquer jogador ou oficial que insulte ou atente contra a dignidade humana de outra pessoa ou grupo de pessoas, por qualquer meio, por motivos de cor de pele, raça, sexo ou orientação sexual, etnia, idioma, credo ou origem, será suspenso por um mínimo de cinco jogos ou por um período de tempo mínimo de dois meses", identifica o primeiro parágrafo do artigo 17 do Código Disciplinar da entidade sul-americana.