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Cuba libera prática do boxe feminino, após mais de seis décadas de proibição

País autoriza a competição entre mulheres da nobre arte pela primeira vez desde a revolução

6 dez 2022 - 23h05
(atualizado em 7/12/2022 às 10h43)
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Depois de autorizar neste ano que os boxeadores voltassem a ter carreira profissional, o governo de Cuba liberou a prática da 'nobre arte' para as mulheres, impedidas de calçar as luvas desde a revolução liderada por Fidel Castro em 1959.

Uma das maiores potências do boxe olímpico no masculino, Cuba vai tentar o mesmo sucesso no feminino, a partir dos Jogos da América Central, em San Salvador, El Salvador, no próximo ano.

"Hoje tornamos pública a autorização do boxe feminino no nosso país, uma etapa importante no desenvolvimento", disse Ariel Sainz, vice-presidente do instituto cubano de esportes.

O movimento para liberar o boxe feminino em Cuba teve apoio de celebridades como Alcides Sagarra, fundador da escola cubana de boxe, que formou astros como Teófilo Stevenson e Felix Savón.

"Nossas mulheres também deveriam ir aos Jogos de Tóquio. O boxe feminino é praticado em todo o mundo, não sei por que ainda não é oficial em Cuba", disse Sagarra, aos 85 anos, durante a campanha para a liberação da nobre arte feminina na maior ilha do Caribe.

Cuba possui representação feminina em todos os esportes, incluindo levantamento de peso, judô e luta livre. O boxe é o último esporte a quebrar a barreira do preconceito no país. Na história do boxe 'amador', os cubanos somam 80 títulos mundiais e 41 medalhas olímpicas.

Cuba liberou que as mulheres lutem boxe após mais de 60 anos de proibição
Cuba liberou que as mulheres lutem boxe após mais de 60 anos de proibição
Foto: iStock
Estadão
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