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Cuca foi inocentado? Entenda caso envolvendo abuso sexual

Com prescrição do crime, Justiça da Suíça rejeitou pedido de novo julgamento

4 jan 2024 - 16h52
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Cuca tem processo extinto depois de ser julgado sem representante legal
Cuca tem processo extinto depois de ser julgado sem representante legal
Foto: J.F.Diorio/ESTADÃO CONTEÚDO

Na última quarta feira, 3, foi revelado que o Tribunal de Justiça de Berna-Mittelland, localizado na Suíça, anulou o processo que condenava o ex-jogador e treinador Alexi Stival, o Cuca, pelo estupro de uma menina de 13 anos de idade. O crime teria ocorrido em um hotel no país em 1987, quando Cuca era jogador do Grêmio.

Em novembro do ano passado, com o argumento de que Cuca teria sido julgado à revelia, sem um representante legal, a defesa do treinador entrou com um pedido de abertura para um novo processo, que foi aceito pela juíza Bettina Bochsler. No entanto, o Ministério Público da Suíça declarou que não seria possível, já que o crime estava prescrito.

Com a anulação da pena e o encerramento do processo, a decisão foi aceita no dia 28 de dezembro. Também foi decidido que Cuca será indenizado no valor de 9,5 mil francos, que convertido para a moeda brasileira fica aproximadamente R$ 54,8 mil reais.

O caso

Em 1987, Cuca e mais três jogadores do Grêmio, Eduardo Hamester, Henrique Etges e Fernando Castoldi, foram detidos na Suíça, em uma excursão do time pela Europa, por terem tido relações sexuais com uma garota menor de idade sem o consentimento dela. 

De acordo com a investigação, a vítima foi ao hotel dos jogadores para pedir camisas e autógrafos. Os atletas, no entanto, teriam segurado a jovem no quarto. Ela foi à polícia pouco tempo depois para relatar o crime.

Retornando ao Brasil depois de terem passado 30 dias detidos na prisão, Cuca, Henrique e Eduardo foram condenados em 1989 a uma pena de 15 meses de prisão, além de uma multa de US$ 8 mil dólares. Já Fernando teve uma pena mais leve: três meses de prisão e multa de U$ 4 mil dólares. Contudo, nenhum dos jogadores cumpriu suas penas, pois estavam no Brasil durante o julgamento e não retornaram para a Suíça.

A vítima

Com o andamento do processo, o Tribunal de Justiça da Suíça tentou localizar a vítima no ano passado e descobriu que a jovem havia falecido em 2002 aos 28 anos, 15 anos depois do crime. O filho, que foi localizado, decidiu não fazer parte do processo, que atualmente foi extinto.

Cuca foi inocentado?

A anulação do processo não significa que Cuca foi inocentado. A justiça da Suíça não avaliou o mérito do caso novamente, pois o treinador foi julgado sem um representante legal, na época indicado pelo Grêmio. O advogado, no entanto, renunciou à defesa dos jogadores um ano antes do julgamento. Com a prescrição do crime e a extinção da sentença, não haverá outro julgamento.

Fonte: Redação Nós
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