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Daniel Alves é condenado a quatro anos e seis meses de prisão por agressão sexual

Ex-jogador vinha sendo investigado pela Justiça Espanhola após denúncia de jovem não identificada; defesa ainda pode apresentar recurso

22 fev 2024 - 09h41
(atualizado às 09h46)
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Daniel Alves ainda cumprirá outros cinco anos em liberdade vigiada
Daniel Alves ainda cumprirá outros cinco anos em liberdade vigiada
Foto: Lance!

O Tribunal de Barcelona anunciou, na manhã desta quinta-feira (22), a condenação de Dani Alves. O ex-jogador foi sentenciado a quatro anos e seis meses de prisão por agressão sexual de uma jovem de 24 anos, de identidade não divulgada, em caso ocorrido no final de 2022, na Catalunha.

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Além disso, Daniel ainda cumprirá outros cinco anos em liberdade vigiada, pagará uma indenização de 150 mil euros (R$ 800 mil na cotação atual) à vítima, e manterá distância da mesma, tanto física quando virtualmente. A decisão ainda tem cabimento de apelação por parte da defesa do ex-lateral, junto à Sala de Apelações do TSJ (Tribunal Superior de Justiça) da Catalunha.

"O tribunal considera provado que 'o acusado agarrou abruptamente a denunciante, a jogou no chão e, a impedindo de se mexer, a penetrou pela vagina, mesmo com a denunciante dizendo que não, e que queria sair'. E entende que 'isso cumpre o tipo de ausência de consentimento, com uso de violência, e com acesso carnal", afirmou Isabel Delgado Pérez, juíza da 21ª Seção de Audiência de Barcelona.

Estando preso há 13 meses e dois dias na Catalunha, Daniel Alves terá este tempo já cumprido descontado de sua pena. O Ministério Público espanhol pedia nove anos; já a vítima e sua defesa pleitearam ao Tribunal a prisão de 12 anos, tempo máximo para crimes de agressão sexual na Espanha. Mesmo sem ter 100% do pedido acatado, a promotoria celebrou a prisão.

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A solicitação vencedora, basicamente, ficou por conta de Dani. Sua defesa, representada pela advogada Inés Guardiola, em primeira instância, pediu a absolvição. Caso não fosse possível, solicitou quatro anos de reclusão, além do pagamento dos 150 mil euros, levando em consideração o pagamento monetário e a violação dos direitos fundamentais do acusado, já que o brasileiro alegou ter sido investigado sem saber sobre a acusação. Outro atenuante apontado foi a ingestão de bebidas alcoólicas, mas a justiça declinou o argumento.

Em seu depoimento no decorrer das investigações, Daniel se declarou inocente das acusações da jovem espanhola e disse ter mantido relações apenas consensuais. O ex-atleta apresentou cinco versões diferentes durante a apuração do caso.

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