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Daniel Alves: mãe de denunciante é dispensada de depoimento; mulher do jogador será ouvida no 2º dia

O depoimento de Joana Sanz é um dos mais aguardados; ela testemunhará a favor do marido

6 fev 2024 - 10h06
(atualizado às 10h11)
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Resumo
No 2º de dia julgamento de Daniel Alves, acusado de estuprar uma mulher em uma boate em Barcelona, sua esposa, Joana Sanz, e 4 amigos do brasileiro serão ouvidos.
Julgamento de Daniel Alves será retomado na próxima terça-feira (6)
Julgamento de Daniel Alves será retomado na próxima terça-feira (6)
Foto: EPA / Ansa - Brasil

O segundo dia do julgamento de Daniel Alves, acusado de estuprar uma mulher de 23 anos -- em uma boate em Barcelona, na Espanha -- acontece nesta terça-feira, 6. Na audiência, a mãe da denunciante foi dispensada e a mulher do jogador, Joana Sanz, é aguardada para testemunhar a favor dele. 

Nessa segunda-feira, 5, foram ouvidos a suposta vítima, além de testemunhas, como uma amiga da mulher que o denunciou e uma prima, que estavam com ela na casa noturna em que o crime teria acontecido. Por isso, a mãe da jovem foi dispensada, após decisão do Tribunal Espanhol. 

O segundo dia de sessão deve começar às 11h (horário de Brasília). Além de outros familiares Daniel Alves, a esposa dele é esperada para testemunhar a favor do marido, e quatro amigos do brasileiro. De acordo com o UOL, eles devem sustentar a versão de que o jogador estava bêbado quando saiu de um jantar para a boate. 

O jogador deve ser ouvido na quarta-feira, 7, último dia do julgamento. A defesa da mulher pede para que ele receba uma pena de 12 anos de prisão, enquanto o Ministério Público local defende 9 anos. 

Primeiro dia

Nesta segunda, o corte ouviu a suposta vítima do jogador, uma amiga e uma prima dela, bem como funcionários da boate onde teria ocorrido o estupro. A denunciante prestou esclarecimentos através de um biombo, para que não tivesse contato com o jogador. Além disso, sua voz foi alterada para dificultar sua identificação. 

A mulher contou por cerca de 1h15, que Daniel Alves a "levou várias vezes a mão dela até seu pênis, que ela retirou assustada", enquanto dançavam, e que depois, ele pediu à ela para segui-lo até uma porta. Nesse momento, ela se deu conta de que era um banheiro, e tentou sair, mas foi impedida. 

O brasileiro a teria penetrado com violência, e “ejaculou dentro dela”. Após o abuso, ele teria deixado o banheiro primeiro. A tese é reforçada pelos exames, nos quais foram encontrados o DNA do lateral. 

Na sequência, Ana Matallana, amiga da vítima, contou que viu o jogador se aproximando da denunciante, “com a mesma atitude pegajosa” com que ele teria se aproximado dela. De acordo com o ge, ela relata ainda que viu a amiga tensa, e percebeu o momento em que os dois foram até uma porta, mas depois, os perdeu de vista. 

Jogador de futebol Daniel Alves comparece ao tribunal na Corte de Barcelona nesta segunda-feira, 5. Alves é acusado de agressão sexual contra uma mulher no banheiro de uma boate no dia 30 de dezembro de 2022.
Jogador de futebol Daniel Alves comparece ao tribunal na Corte de Barcelona nesta segunda-feira, 5. Alves é acusado de agressão sexual contra uma mulher no banheiro de uma boate no dia 30 de dezembro de 2022.
Foto: EUROPA PRESS/D.Zorrakino. POOL via Getty Images

A jovem lembrou que a vítima saiu do local dizendo: “Ele me machucou muito, ele me machucou muito". O mesmo foi ratificado pela prima da denunciante, que também estava na boate. De acordo com La Vanguadia, ela contou que quando a vítima saiu do banheiro, viu que “ela estava com a cara muito feia”.

"Perguntei a ela se ela estava bem e se ela queria que a gente fosse embora, e ela me disse que precisava ir embora. Saímos de lá e eu escrevi para minha amiga dizendo que ela precisava ir embora. Ela apenas me disse que ele a machucou muito, e que tinha ejaculado dentro dela”. 

Um segurança também foi ouvido, e afirmou que a reclamante estava chorando muito e dizendo aos amigos que o jogador lhe tinha feito “muito mal”, mas resistiu em denunciá-lo. Um dos garçons da boate contou que um amigo dele foi quem atendeu Daniel Alves primeiramente naquela noite. Outro garçom disse que o jogador era um cliente habitual da casa noturna, e sabia que existia uma suíte dentro da área VIP.

Conforme o ge, dentro do cômodo há um banheiro, onde o crime teria ocorrido. Ambos afirmaram que não notaram nenhum comportamento estranho do jogador. 

Entenda o caso

No dia 30 de dezembro de 2022, segundo os relatos publicados pela imprensa espanhola, a vítima foi convidada por Daniel Alves para entrar em uma área VIP de uma boate em Barcelona. No espaço reservado, a mulher conheceu o lateral brasileiro e os dois dançaram juntos. De acordo com os jornais, a denunciante relatou que o jogador "levou várias vezes a mão dela até seu órgão íntimo, que ela retirou assustada". Depois disso, os dois teriam entrado em um banheiro, onde o crime teria ocorrido.

Julgamento de Daniel Alves
Julgamento de Daniel Alves
Foto: Getty Images

A mulher teria tentado deixar o banheiro, mas foi impedida pelo agressor. De acordo com o relato, o jogador deixou o banheiro antes da vítima após ter penetrado de maneira violenta até ejacular. A mulher teria saído depois e contado o que aconteceu a uma amiga.

Após o ocorrido, a vítima teria ido imediatamente a um hospital para fazer exames. Dois dias depois, os resultados constataram DNA de Daniel Alves nos testes feitos pela jovem.

A Justiça espanhola ordenou a prisão do atleta depois de ouvir depoimentos contraditórios do brasileiro. Ao longo da investigação, o ex-Barcelona apresentou diferentes versões sobre o caso. Na última delas, admitiu que teve relações sexuais com a acusadora, mas afirmou que isso aconteceu de forma consensual.

Inicialmente, Daniel Alves foi preso no Centro Penitenciário Brians I, mas foi transferido para o Brians II três dias depois da detenção. A cadeia fica localizada no município Sant Esteve Sesrovires, a 40 km de Barcelona. O lateral trocou de representantes durante a investigação - o advogado que defendia o brasileiro alegou que o caso "estava perdido". A juíza do caso entende que o processo tem provas suficientes para a condenação do jogador.

Fonte: Redação Terra
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