Daniel Alves: MP da Espanha recorre de decisão de liberdade provisória ao jogador
Promotores de Barcelona reforçam que existe risco de fuga por parte do brasileiro; fiança de cerca de R$ 5 milhões ainda não foi paga
O Ministério Público espanhol entrou, nesta sexta-feira, dia 22, com um recurso para que Daniel Alves tenha liberdade provisória negada. Promotores de Barcelona reiteram junto à Justiça da Espanha que o jogador de 40 anos pode tentar uma fuga caso o benefício seja concedido. O jogador, até o momento, não pagou a fiança de um milhão de euros (aproximadamente R$ 5,3 milhões) e deve passar o fim de semana na cadeia.
Esta não é a primeira vez que o MP da Espanha endurece o cerco em torno de Daniel Alves. No começo do mês foi noticiado que a promotoria iria entrar com recurso pedindo pena rígida para o brasileiro. Estima-se de que o pedido seria para os nove anos de cadeia. O jogador foi condenado a quatro anos e meio de reclusão e mais cinco de liberdade vigiada por agressão sexual.
Daniel Alves foi denunciado por uma mulher de 23 anos por abuso sexual cometido em uma boate em Barcelona, na madrugada de 31 de dezembro de 2022. Ele foi preso no dia 20 de janeiro de 2023, e condenado em fevereiro deste ano. Após o julgamento, a defesa do brasileiro entrou com um pedido de liberdade provisória, que foi aceito pela Justiça da Espanha sob a fiança de um milhão de euros (cerca de R$ 5,3 milhões).
Segundo a Corte espanhola, o pedido de liberdade ao brasileiro só foi aceito pois seus passaportes foram confiscados e não há a possibilidade de ele voltar a cometer o crime ou fugir do país. Algumas outras questões foram determinadas a Daniel Alves: manter-se 1 quilômetro de distância da residência ou trabalho da vítima; impedimento de se comunicar com a vítima; o jogador não pode deixar a Espanha e deve comparecer semanalmente ao Tribunal de Barcelona (ou quantas vezes lhe forem solicitadas).
Daniel Alves teve cinco solicitações de liberdade provisória negadas pela Justiça ainda antes da condenação, que alegou risco de fuga, destruição de provas ou reincidência para recusá-las. A imprensa da Catalunha considera que uma crise no sistema carcerário do país teria influenciado na decisão do pedido de liberdade provisória para ex-jogador do Barcelona neste momento.