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Daniel Alves: oito testemunhas prestam depoimento nesta sexta-feira; veja quem são elas

Jogador brasileiro está preso preventivamente por suposta agressão sexual contra mulher de 23 anos em boate de Barcelona desde 20 de janeiro

3 fev 2023 - 09h57
(atualizado às 10h47)
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Daniel Alves está preso desde o dia 20 de janeiro, sem direito a fiança
Daniel Alves está preso desde o dia 20 de janeiro, sem direito a fiança
Foto: Estadão

Oito pessoas que estavam na boate Sutton, em Barcelona, na noite em que supostamente Daniel Alves agrediu sexualmente uma mulher de 23 anos prestaram depoimento à Justiça espanhola nesta sexta-feira. O testemunho de cada um dos convocados foi ouvido pela juíza María Concepción Cantón Martín, titular do Juizado de Instrução 15 de Barcelona. As informações são do jornal La Vanguardia. O atleta nega as acusações.

O caso teria ocorrido na madrugada do dia 30 para 31 de dezembro. Entre as testemunhas estão: uma amiga e a prima da denunciante; dois garçons da área VIP da Sutton; o porteiro da casa noturna; o diretor da boate, responsável por acionar o protocolo contra agressão sexual e chamar os Mossos d'Esquadra (polícia catalã); e outras duas pessoas que estavam na discoteca na noite do ocorrido.

O primeiro a chegar ao tribunal, ainda pela madrugada, foi o advogado de defesa do brasileiro, Cristóbal Martell. Ele não falou com a imprensa que se amontoou no local para acompanhar o caso. A advogada da vítima, Ester García, também não quis prestar declarações em sua chegada. Os depoimentos não foram públicos.

Em entrevista ao "Programa de Ana Rosa", do canal Telecinco, Cristóbal Martell questionou, no início da semana, alguns indícios recolhidos pelos Mossos d'Esquadra e que foram usados na determinação da prisão do jogador brasileiro. Entre os elementos citados estão imagens de câmeras de segurança que entrariam em conflito com o depoimento da possível vítima.

As imagens mostrariam que Daniel Alves entrou no lavabo, onde teria ocorrido o estupro, dois minutos antes da vítima. Segundo a defesa, a mulher, depois de conversar com amigos e com um garçom, vai ao lavabo e entra, sem qualquer ajuda de Daniel Alves. A defesa argumenta ainda que há dúvidas se o relato da vítima sobre o que aconteceu entre o casal no banheiro também poderia estar "adornado de elementos idênticos de distorção narrativa" e que as gravações desmentem "do modo mais radical o clima de terror e pavor" descrito pela mulher.

A denunciante afirma que foi trancada no banheiro pelo jogador e agredida e estuprada. O circuito interno mostrou que os dois ficaram cerca de 15 minutos no mesmo banheiro. Material coletado encontrou vestígios de sêmen tanto internamente quanto no vestido da acusadora. Segundo Ester Garcia, Daniel Alves não teria usado camisinha durante o ato e a sua cliente precisou tomar um coquetel antiviral para eviar infecções.

Daniel Alves está preso desde o dia 20 de janeiro, sem direito a fiança. O atleta de 39 anos está no Centro Penitenciário Brians 2, em Barcelona, e nega todas as acusações. Na segunda-feira, a defesa entrou com recurso contra a prisão preventiva do ex-jogador do Barcelona. Em um documento de 24 páginas, a defesa alega que não há risco de fuga e pede que o atleta responda em liberdade. Foi sugerida a entrega do passaporte e até mesmo o uso de "pulseira telemática", similar a uma tornozeleira eletrônica.

CASO DANIEL ALVES

Daniel Alves teve a prisão decretada no dia 20 de janeiro. Ele foi detido ao prestar depoimento sobre o caso de agressão sexual contra uma mulher na madrugada do dia 30 de dezembro. O Ministério Público pediu a prisão preventiva do atleta de 39 anos, sem direito à fiança, e a titular do Juizado de Instrução 15 de Barcelona acatou o pedido, ordenando a detenção.

A acusação se refere a um episódio que teria ocorrido na casa noturna Sutton, em Barcelona, na Espanha. O atleta, que defendeu a seleção brasileira na Copa do Mundo do Catar, teria trancado, agredido e estuprado a denunciante em um banheiro da área VIP da casa noturna, segundo o jornal El Periódico. Ela procurou as amigas e os seguranças da balada depois do ocorrido.

A equipe de segurança da casa noturna acionou a polícia catalã (Mossos d'Esquadra), que colheu depoimento da vítima. Uma câmera usada na farda de um policial gravou acidentalmente a primeira versão da vítima sobre o caso, corroborando o que foi dito por ela no depoimento oficial. A mulher também passou por exame médico em um hospital. Daniel Alves foi embora do local antes da chegada dos policiais.

Segundo a imprensa espanhola, a contradição no depoimento do lateral-direito foi determinante para o Ministério Público do país pedir a prisão e a juíza aceitar. No início de janeiro, o jogador deu entrevista ao programa "Y Ahora Sonsoles", da Antena 3, em que confirmou que esteve na mesma boate que a mulher que o acusa, mas negou ter tocado na denunciante sem a anuência dela e disse que nem a conhecia.

O primeiro a chegar ao tribunal, ainda pela madrugada, foi o advogado de defesa do brasileiro, Cristóbal Martell. Ele nãoalou com a imprensa que se amontoou no local para acompanhar o caso. A advogada da vítima, Ester García, também não quis prestar declarações em sua chegada. A oitiva não foi pública. es ficou 15 minutos com a mulher no banheiro. Material coletado encontrou vestígios de sêmen tanto internamente quanto no vestido da denunciante. O Pumas, do México, anunciou que o contrato de trabalho de Daniel Alves com o clube foi rompido por justa causa.

Estadão
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