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De clubes a artistas, agressões contra Vini Jr. motivam onda de solidariedade nas redes

Atacante brasileiro do Real Madrid foi vítima de ataques racistas por parte dos torcedores do Valência, na Espanha

22 mai 2023 - 03h25
(atualizado às 09h30)
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Vinicius Junior
Vinicius Junior
Foto: Jose Breton via Reuters Connect

Após mais um episódio de racismo sofrido pelo jogador de futebol Vinícius Junior, no domingo, 21, na Espanha, diversas personalidades políticas e artísticas declararam solidariedade ao atleta nas redes sociais. Entidades, clubes de futebol como Flamengo, Palmeiras, Corinthians, e artistas como Gilberto Gil, publicaram mensagens de apoio ao jogador brasileiro.

O atacante brasileiro do Real Madrid foi vítima de ataques racistas por parte dos torcedores do Valência, em uma partida da La Liga, na Espanha. No Estádio Mestalla, a torcida rival o chamava de "mono", termo espanhol que significa "macaco". O jogo teve que ser paralisado pelo árbitro, mas foi retomado posteriormente. Vini Jr foi expulso da partida após reagir às hostilizações.

O jogador se pronunciou no Twitter, escrevendo: "Não foi a primeira vez, nem a segunda e nem a terceira. O racismo é comum na La Liga. A competição acha normal, a Federação também e os adversários incentivam. Lamento muito." Com a repercussão do caso, um movimento de solidariedade surgiu nas redes sociais.

O cantor Gilberto Gil publicou um texto em apoio ao jogador. "A história já registrou muito de tudo isso. Tá registrando agora de novo mais um fato ligado a esse lado terrível da humanidade", lamenta.

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) também reagiu ao caso de racismo sofrido pelo atleta, escrevendo: "Não há alegria onde há racismo. Você tem todo o nosso carinho e de todos os brasileiros, @vinijr".

Diversos clubes de futebol, como Flamengo, Palmeiras, Corinthians, Fluminense, Santos, entre outros, deixaram a rivalidade de lado e prestaram solidariedade a Vinícius Junior. O Flamengo publicou: "O futebol fica em segundo plano quando a violência toma conta. Estamos sempre com você. Milhões de rubro-negros, milhões de brasileiros, milhões de pessoas que se indignam quando alguém é vítima de violência".

Políticos também demonstraram solidariedade ao jogador

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em entrevista em Hiroshima, no Japão, onde estava participando da reunião da cúpula do G-7, lamentou o episódio, afirmando: "Não é possível que, em pleno século XXI, tenhamos o preconceito racial ganhando força em diversos estádios na Europa."

A ministra do Esporte, Ana Moser, utilizou as redes sociais para prestar solidariedade ao jogador. "Basta! Vamos trabalhar com o governo espanhol para crimes de racismo sejam severamente punidos", escreveu a ministra.

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, também se pronunciou no Twitter. "Independente de brilhar como Vini brilha, o racismo não dá sossego. Vamos trabalhar para superar todo o odioso racismo que jogadores brasileiros ainda sofrem dentro e fora dos campos e das quadras", escreveu.

O ministro de Estado dos Direitos Humanos e da Cidadania do Brasil, Silvio de Almeida, criticou a postura do presidente da La Liga sobre o ocorrido e reforçou a necessidade e providências a serem tomadas. "Se um dos melhores jogadores do mundo é assim tratado, imaginem o que acontece com aqueles que não tem a mesma visibilidade", escreveu no Twitter.

O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, lamentou o episódio de racismo e destacou que "estádio de futebol é espaço para jogadores e torcedores de todas as cores. Já o lugar de racista é outro!".

Estadão
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