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Decisão sobre acolhimento a gays na Igreja Católica ficará para Sínodo de 2024

Informação foi revelada pelo cardeal brasileiro Leonardo Steiner

18 out 2023 - 14h19
(atualizado às 15h56)
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Público lotou a Paulista durante a 27ª edição da Parada LGBT
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Foto: Tiago Queiroz / Estadão

Eventuais decisões da Santa Sé sobre o acolhimento a homossexuais na Igreja Católica só serão tomadas na sessão do Sínodo dos Bispos marcada para outubro de 2024.  

A informação foi confirmada nesta quarta-feira (18) pelo cardeal Leonardo Ulrich Steiner, arcebispo de Manaus, durante coletiva de imprensa no Vaticano. Segundo o religioso, o tema da pastoral aos homossexuais "apareceu durante as reflexões", mas "esta sessão do Sínodo não leva a conclusões nem determinações", porque o papa Francisco quer que as decisões sejam tomadas no próximo ano.

"É desejo do Santo Padre que as decisões sejam tomadas na sessão de outubro de 2024. É bom que este tema tenha surgido", afirmou Steiner, lembrando que o pontífice disse em Lisboa que "a Igreja é para todos".

O catolicismo ensina que a homossexualidade é um pecado, mas Jorge Bergoglio implantou uma postura mais aberta ao longo de seu pontificado, o que lhe rendeu até acusações de "heresia" em alas ultraconservadoras do clero.

"A tendência em si não é pecado, mas toda relação sexual fora do casamento é pecado e, portanto, é também no caso de casais homossexuais", afirmou o arcebispo de Riga (Letônia), Zbig?evs Stankevics.

Quanto às bênçãos a casais homoafetivos, "se um homossexual chega como pessoa física e diz 'gostaria de viver na graça de Deus', não há contraindicações".

"Mas se chegam duas pessoas que dizem 'vivemos juntos como marido e melhor e queremos a bênção', é um grande problema porque isso é viver em pecado", acrescentou Stankevics.

Recentemente, Francisco chegou a dizer que o casamento é a união "entre um homem e uma mulher" e, portanto, o pedido de bênção feito por casais homoafetivos não deve ser confundido com o sacramento do matrimônio.

O Sínodo dos Bispos acontece até o próximo dia 29 de outubro e terá um documento de síntese com um "texto relativamente curto e transitório", baseado na experiência da assembleia, e "levará em conta os temas sobre os quais há consenso e sobre os quais há desacordo". .

Ansa - Brasil
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