Defesa de Daniel Alves não recorrerá e quer acelerar julgamento, diz jornal espanhol
Jogador, que está preso desde 20 de janeiro, foi formalmente indiciado por agressão sexual
O advogado de Daniel Alves, Cristóbal Martell, afirmou que a defesa não recorrerá da decisão da Justiça de indiciar o jogador pelo crime de agressão sexual, pois o ex-lateral-direito do Barcelona e da Seleção Brasileira quer 'acelerar o processo e ir a julgamento o mais rápido possível'. A informação é do jornal espanhol El País.
Alves compareceu nesta quarta-feira, 2, perante o Juizado Número 15 de Barcelona, que já concluiu a investigação contra ele por estupro contra uma jovem em uma boate de Sutton, na cidade espanhola. A juíza informou-o da acusação e o jogador não deu nenhuma nova versão, mas afirmou: "Não concordo com o relato dos fatos. Não condiz com a realidade do que aconteceu."
Segundo apurado pelo El País, Alves chegou ao tribunal às 12h45 e saiu pouco antes das 13h, em um procedimento que ocorreu à porta fechada e durou menos de 15 minutos. Em setembro, a Justiça designará um tribunal para que Alves seja julgado nos próximos meses.
O Ministério Público apresentará nas próximas semanas suas denúncias. Os advogados do jogador também apresentarão a defesa, argumentando a inocência dele.
Alves foi preso em 20 de janeiro e está detido em uma prisão nos arredores de Barcelona sem direito a fiança. Desde então, ele teve três pedidos de liberdade negados pela Corte espanhola.
O jogador será julgado pelo crime de agressão sexual. A juíza responsável pelo caso confirmou que há indícios suficientes para julgar o lateral-direita pelo crime. A magistrada ainda impôs pagamento de eventual indenização por danos morais no valor de 150 mil euros (cerca de R$ 782,8 mil).
Entenda o caso
Uma mulher de 23 anos denunciou Daniel Alves por ter sido estuprada pelo jogador. O caso aconteceu em 30 de dezembro de 2022, dentro de um banheiro da casa noturna Sutton, em Barcelona.
O jogador mudou o seu depoimento à Justiça vária vezes. Por fim, ele confirmou que manteve relações sexuais com a jovem, porém, negou o estupro. Na primeira entrevista após ser preso, Daniel afirmou que "perdoa" a vítima e disse acreditar que a jovem o denunciou após receber um "mau conselho".
Na Espanha, a Lei de Garantia da Liberdade Sexual na Espanha prevê penas entre 6 e 12 anos para crimes desta natureza. A expectativa é que o lateral seja julgado entre outubro e novembro deste ano, segundo a imprensa espanhola.