Defesa posta vídeo em que João Neto derruba mulher
Dias antes de ser preso, o advogado e influenciador defendeu agressão a mulher em podcast
O advogado João Neto, influenciador baiano, foi preso sob acusação de violência doméstica após vídeos mostrarem sua ex-companheira ensanguentada. Ele nega o ato deliberado e já defendeu violência contra mulheres em situações de revide, o que gerou polêmica.
A defesa do advogado João Neto, preso por violência doméstica, publicou um vídeo, na noite de terça-feira, 15, em que mostra o momento em que a vítima cai no chão, originando o ferimento que a deixou ensanguentada.
As imagens mostram o influenciador baiano arrastando a mulher para fora do seu apartamento, até o momento em que os dois caem.
"O sangramento se deu em virtude de uma queda, momento em que o Dr. João Neto tentava retirar sua ex do apartamento após insistir por bastante tempo que a mesma saísse", afirma a defesa do advogado, negando que tenha ocorrido qualquer ato deliberado de violência contra a mulher.
Veja o novo vídeo
"Tem um motivo [para bater em mulher], se ela lhe bater. Porque quem não quer apanhar não bate. Se a mulher sabe que não aguenta com você, ela vai dar um tapa na sua cara para quê? Se ela der um tapa na sua cara, ela está querendo tomar outra", disse, durante participação no podcast RedCast.
"Você é Jesus Cristo, é? Pra levar um tapa na cara e dar o outro lado? Porque Jesus que tomou tapa na cara e deu o outro lado para bater. Eu não tenho essa capacidade ainda de perdoar. Se der na minha cara, vai tomar um bocado também na cara", complementou, arrancando risos do entrevistador.
Quem é João Neto?
O advogado João Neto é baiano, natural de Salvador, mas atualmente mora em Maceió. Foi em seu apartamento na capital alagoana que teria ocorrido o episódio de violência doméstica. Segundo a denúncia de sua companheira, João Neto a empurrou, ela caiu no chão e bateu o queixo, abrindo um corte profundo.
Ele também se apresenta como ex-policial militar da Bahia e conta, em participações em podcasts, histórias de sua atuação enquanto agente. No entanto, o Terra procurou a Polícia Militar da Bahia, que informou que João Neto foi "desligado há 15 anos, enquanto realizava o curso de formação de soldados. Como foi excluído antes da conclusão do curso, ele em nenhum momento trabalhou na rua como policial militar formado."
Em um desses relatos polêmicos, o advogado afirmou que costumava andar com um "kit flagrante" para incriminar "bandidos, não cidadãos de bem" durante abordagens. Mas, como não andou nas ruas como PM formado, a informação não é verdadeira.