Depois de Bárbara Coelho, outras repórteres da Globo denunciam assédio virtual

A jornalista Bárbara Coelho, da Globo, denunciou um homem que praticou ato sexual utilizando uma foto da apresentadora e ainda a marcou na publicação do vídeo, nesta quarta-feira. Depois da denúncia de Bárbara, outras repórteres da Globo contaram relatos similares.

Lívia Torres, repórter do G1 e da GloboNews, comentou a publicação de Bárbara no Twitter contando que uma situação parecida aconteceu com ela e cobrando a rede social.

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- Isso também tem acontecido comigo - e com outras repórteres. É doentio e é crime um homem postar vídeos se masturbando enquanto trabalhamos. Não pode ficar impune. Às vezes o post é aberto, a gente denuncia e o Twitter nada faz. Já falamos com a polícia. Estamos juntas contra esse criminoso - contou.

Narayanna Borges, também repórter da GloboNews, foi outra que passou por esse tipo de situação. Ela também pediu uma responsabilização por parte da plataforma.

- Pois é, Bárbara. O mesmo aconteceu comigo recentemente. Comigo, com nossa colega Lívia Torres e outras meninas. É nojento, é cruel, abjeto… isso não vai ficar impune. Não vamos deixar isso passar. Agora, como a plataforma não identificou uma publicação desse teor? - questionou.

O CASO DE BÁRBARA COELHO

Bárbara Coelho relatou o assédio por parte de um homem e contou que disse ao assediador que o denunciaria, mas recebeu uma resposta chocante.

- Um cara postou um vídeo na sua conta do Twitter se masturbando com um vídeo meu. Eu mandei mensagem pra ele dizendo que o processaria. Ele disse que mulheres são estupradas e nada é feito. Por que algo aconteceria com ele se masturbando em casa com um vídeo meu? - relatou.

Além dos relatos de outras repórteres, Bárbara Coelho recebeu o apoio de muitos seguidores, famosos e anônimos, especialmente da classe jornalística, de profissionais homens e mulheres. A apresentadora agradeceu a todos pelo suporte.

- Obrigada pelo o carinho de todo mundo. Estou tomando as providências legais. Recebi relatos de muitas mulheres hoje. Só tem uma maneira de a gente virar esse jogo: denunciando. Não foi a primeira vez que passei por isso, e sei que não vai ser a última. Apenas decidi não me calar mais - escreveu.