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Desabafe aqui: Conheça o Lab Delas, espaço para mulheres trocarem dicas e confissões

Juliane Alves transformou as dúvidas que teve durante a vida toda em informações, dicas e conselhos para suas leitoras e ouvintes

11 nov 2022 - 15h10
(atualizado às 17h43)
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Hoje, o espaço conta também com um botão "Desabafe aqui" para simplesmente ouvir e aconselhar mulheres em momentos difíceis.
Hoje, o espaço conta também com um botão "Desabafe aqui" para simplesmente ouvir e aconselhar mulheres em momentos difíceis.
Foto: Reprodução

Criada em uma casa conservadora e sem espaço para diálogos íntimos, a sua infância foi cheia de regras e sua adolescência, cheia de dúvidas. Para ter todas as informações que sempre quis saber sobre o mundo - especialmente o feminino -, Juliane Alves optou pela faculdade de Jornalismo. "Eu percebi que tinha uma necessidade, mas que ela poderia ser a necessidade de outras mulheres também. Então criei um portal no qual a mulher poderia ter a dúvida dela respondida por um especialista", afirma ela.

Hoje, o espaço conta também com um botão "Desabafe aqui" para simplesmente ouvir e aconselhar mulheres em momentos difíceis. "É muito difícil a gente ter alguém de confiança e com tempo para nos escutar hoje. O botão evita experiências ruins", explica.

"Quando comecei a namorar com o meu primeiro namorado, eu tinha muitas dúvidas. E não tinha como ter um diálogo com a minha mãe sobre sexualidade, saúde íntima e relacionamento", desabafa Juliane. "Apesar de meus pais serem muito dedicados e batalhadores, era muito difícil ter um diálogo com eles."

Única filha mulher de uma família conservadora, ela passou a ser mais reservada e quieta. No entanto, o incentivo que os pais - que não tiveram escolaridade e saíram do interior da Bahia por uma vida melhor - davam ao estudo a motivou a tomar as rédeas da própria vida e ir atrás das respostas que tanto queria.

"Em 2019, eu decidi montar um portal, o Feminews, com a ideia de trazer informações para mulheres de saúde, bem-estar, dicas e até assuntos tabus, como intimidade feminina", conta ela. "Porém, a pessoa que desenvolveu o site ficou grávida, o que fez com que o desempenho do portal caísse muito. Por isso decidi encerrar."

Não querendo mais ser dependente de outra pessoa, Juliane decidiu usar o tempo para estudar tecnologia e aprender a desenvolver seu site e seu podcast, em 2020.

"E já que eu tive de começar do zero, mudei o nome para Lab Delas, porque ele traz a ideia de um laboratório de notícias para mulheres, um espaço em que as mulheres possam desenvolver ideias e eu também possa escrever sobre isso e nascer outras ideias", explica.

De acordo com Juliane, o espaço é uma inspiração da própria mulher, que é múltipla. Por isso é dividido em tópicos de direitos, saúde, maternidade, gastronomia e até desabafos. "Conversando com outras mulheres, cheguei à conclusão de que é muito difícil a gente ter confiança em desabafar. Então pensei em criar um botão que fosse capaz de atender essas mulheres, anonimamente ou não, como se fosse uma amiga ouvinte", afirma.

Saúde mental

A ferramenta foi pensada em setembro deste ano com inspiração no Setembro Amarelo, mês dedicado à saúde mental. Deu tão certo que se tornou um recurso permanente da plataforma.

"Várias mulheres contam relatos de términos de namoro, dúvidas sobre superação e culpa. E isso, para mim, é impactante porque eu também já tive essas dúvidas", divide.

A confiança das confidentes e a conversa com as leitoras ou até mesmo grandes nomes do empreendedorismo, como Gabryella Corrêa, do aplicativo Lady Driver, a fazem acreditar que está no caminho certo.

"Eu vejo que há outras Julianes por aí querendo saber as coisas que eu queria e consigo explicar tudo aquilo que ninguém me falou se era certo ou não", esclarece.

As perguntas enviadas, muitas vezes, servem como ideia para as próximas entrevistas de Juliane - seja para o site ou para o podcast -, sempre com preferência por entrevistar mulheres para manter o apoio mútuo. "É tudo relacionado. É como se fosse um dicionário, um manual da mulher, no qual ela entra e vai poder sair melhor ainda, com mais 'educação feminina'", brinca.

Apesar do protagonismo feminino, parte do site, o Avisa Ele, é indicada para os homens, com informações sobre questões de machismo ou câncer de próstata. "A mulher é o centro das informações da família, ela enxerga vários horizontes, com um olhar atento a tudo. Então o espaço é pensado para elas avisarem e conversarem com os pais, os maridos, os irmãos sobre esses assuntos", diz.

Agora, Juliane pensa em criar um livro e um aplicativo para continuar passando informações de mulheres para mulheres. "Eu sempre fui muito independente e lutei pela justiça. As minhas experiências me ajudaram a chegar aonde cheguei e ter as informações que eu tenho. Hoje, posso ajudar outras mulheres nesse caminho. É isso que eu quero", acrescenta.

Estadão
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