Script = https://s1.trrsf.com/update-1734630909/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

"Deus fez o homem e a mulher, o resto é jacaré", diz vereador

Os vereadores Gilvan da Federal (PL) e Davi Esmael (PSD) fizeram discursos em que questionam a identidade de gênero da ativista trans Debora

7 abr 2022 - 14h00
(atualizado às 14h03)
Compartilhar
Exibir comentários
O vereador de Vitória, Gilvan da Federal (PL), em discurso contra a homenagem a uma mulher trans
O vereador de Vitória, Gilvan da Federal (PL), em discurso contra a homenagem a uma mulher trans
Foto: Reprodução

Dois vereadores de Vitória, Espírito Santo, criticaram a indicação de uma mulher e ativista trans para receber uma homenagem do Dia das Mulheres durante sessão ordinária realizada na terça-feira, 5. Contrários à proposta, os vereadores Gilvan da Federal (PL) e Davi Esmael (PSD) fizeram discursos em que questionam a identidade de gênero da ativista trans Deborah Sabará. 

"Eu gostaria aqui de perguntar à vereadora do Psol [Camila Valadão] que fez uma moção de aplauso às mulheres, se a Deborah Sabará nasceu mulher? Porque Deus fez o homem e a mulher", disse Gilvan que na sequência afirmou que Deborah não é mulher.  

"Tá aqui uma moção de aplauso para o Dia das Mulheres à Deborah Sabará. Que não é mulher, não é mulher, pode ser outra coisa, mas mulher não é. Quero saber também se ela consegue engravidar? Se ela não, se essa pessoa aqui, Deborah Sabará, consegue engravidar? Consegue amamentar? Moção de aplauso? Eu repudio essa moção de aplauso. Isso não é mulher. Deus fez o homem e a mulher, o resto é jacaré. O resto é invenção", declarou.  

O vereador Davi Esmael (PSD) reforçou o discurso contrário a moção. "Deborah Sabará é trans e não merece ser homenageada no seu local de fala de ser mulher, na minha opinião. Há mulheres que merecem essa honraria e não consigo entender a escolha de uma trans para representar as mulheres", concluiu. 

A vereadora do Psol, Camila Valadão, atacou as falas dos colegas de Câmara, ressaltando que os argumentos usados não se sustentavam "pela perspectiva da misoginia e do ódio, nem pela perspectiva biológica", já que nem todas as mulheres podem ter filhos. "Pode chorar, nós vamos continuar homenageando mulheres trans, homens trans e tantos outros. Em defesa da diversidade Deborah está aí recebendo muito reconhecimento da sua trajetória", concluiu Camila. 

Fonte: Redação Terra
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade