Dia da Mulher: relembre 10 mulheres que fizeram história
Veja algumas mulheres que revolucionaram o mundo e serviram de inspiração para diversas outras gerações
Existem muitas mulheres com histórias inspiradoras que desafiam estereótipos e motivam outras mulheres em suas trajetórias. Desde imperatrizes e cientistas até ativistas sociais e artistas, elas têm deixado uma marca na história com suas lutas por igualdade, liberdade e justiça em todas as áreas.
Em referência ao Dia Internacional da Mulher, listamos10 grandes mulheres que fizeram história devido à luta pela igualdade de gênero.
Joana d'Arc
A francesa Joana d'Arc ficou conhecida por liderar o exército francês na Guerra dos Cem Anos contra a Inglaterra. Aos 13 anos, ela alegava ter visões de santos que a incentivavam a ajudar o rei francês a reconquistar territórios que foram tomados pelos ingleses.
Joana se vestiu como um homem e se apresentou ao rei Carlos VII, e o convenceu a liderar um exército. Joana liderou uma batalha que resultou na captura da cidade de Orleans pelos franceses.
Com a ajuda dela, os franceses conquistaram diversas vitórias importantes na Guerra dos Cem Anos. Após ser capturada e julgada pelos ingleses, Joana D'arc foi condenada à morte na fogueira em 1431 por bruxaria. Ela se tornou um símbolo da resistência francesa e, em 1920, foi canonizada pela igreja, se tornando a Santa Padroeira da França.
Marie Curie
Marie Curie foi uma cientista polonesa-francesa que ficou conhecida por suas contribuições para o estudo da radioatividade. Marie e seu marido, Pierre Curie, investigavam os fenômenos da radioatividade. Em 1898, eles descobriram dois novos elementos químicos: o polônio e o rádio. Marie se tornou a primeira mulher a ganhar um Prêmio Nobel, em 1903, por sua contribuição para a física.
Ela continuou a trabalhar com a radioatividade após a morte de seu marido e, em 1911, ganhou outro Prêmio Nobel, dessa vez em química, por sua descoberta do rádio e suas propriedades. Marie Curie se tornou a primeira pessoa a receber dois Prêmios Nobel em diferentes áreas.
Uma das primeiras cientistas a reconhecer os perigos da radiação, Marie morreu em 1934 de leucemia, por causa da exposição à radiação durante sua pesquisa. Seu legado continua vivo até hoje, com o Marie Curie Cancer Care no Reino Unido, que fornece cuidados para pessoas com câncer, e a Bolsa Marie Sklodowska-Curie, programa que apoia pesquisas em todas as áreas da ciência.
Dandara dos Palmares
Dandara dos Palmares foi uma importante líder do Quilombo dos Palmares, um dos maiores e mais conhecidos quilombos da história do Brasil, localizado na região da Serra da Barriga, em Alagoas. Ela é considerada um símbolo da resistência negra e feminina no país.
Dandara lutou ao lado de seu marido, Zumbi dos Palmares, na defesa do quilombo contra os colonizadores portugueses. Ela dominava técnicas da capoeira e era estrategista. Dandara lutou pela liberdade e pela igualdade de direitos para os negros e negras escravizados. O Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro no Brasil, é uma homenagem a Zumbi dos Palmares e a todo o legado deixado pelos quilombos e seus líderes, incluindo Dandara.
Anita Garibaldi
Anita Garibaldi foi uma importante revolucionária brasileira. Nascida em Santa Catarina, lutou na Guerra dos Farrapos, conflito que ocorreu no sul do Brasil entre 1835 e 1845, ao lado de seu marido, o líder revolucionário Giuseppe Garibaldi. Ela participou de várias batalhas e combates, e se tornou uma das figuras mais importantes da luta pela independência do sul do Brasil.
Além de suas conquistas na Guerra dos Farrapos, Anita também teve uma participação importante na unificação da Itália. Ela acompanhou seu marido em suas batalhas pela independência italiana, e também lutou na defesa da República Romana, que foi estabelecida em 1849. Anita Garibaldi faleceu em combate durante a defesa da cidade de Montevidéu, no Uruguai, em 1849.
Imperatriz Leopoldina
Carolina Josefa Leopoldina de Habsburgo-Lorena é uma figura importante na história do Brasil e de seu país natal, a Áustria. Como esposa de Dom Pedro I, Leopoldina aconselhou e influenciou o príncipe em muitas decisões políticas importantes. Ela foi fundamental na permanência da família real no Brasil, sendo uma das principais figuras por trás do Dia do Fico. Além disso, era uma defensora da emancipação política do Brasil e conversou com diversos brasileiros que também queriam a emancipação do país.
Em setembro de 1822, durante a ausência de Dom Pedro I, Leopoldina presidiu o Conselho de Estado e tomou a decisão histórica de proclamar a independência do Brasil. Ela assinou o registro oficial da independência e enviou a carta a Dom Pedro I, que confirmou a decisão e se tornou o primeiro imperador do Brasil.
Simone de Beauvoir
Simone de Beauvoir foi uma filósofa e escritora francesa que teve papel fundamental no movimento feminista e na luta pelos direitos das mulheres. Uma das suas principais obras foi "O Segundo Sexo", publicado em 1949, no qual Beauvoir analisou a situação das mulheres na sociedade e criticou a sua posição de subordinação em relação aos homens. A obra se tornou um marco na luta feminista e influenciou diversas outras feministas ao redor do mundo.
Simone também atuou como ativista política, defendendo a igualdade de gênero e a luta contra a discriminação das mulheres. Ela participou de diversas organizações feministas e apoiou movimentos de mulheres ao redor do mundo. Simone é lembrada como uma figura importante na história do feminismo e do pensamento crítico, e foi uma voz poderosa na luta por justiça e igualdade.
Maria da Penha
Maria da Penha Maia Fernandes é uma ativista brasileira que lutou pelos direitos das mulheres e pela criação de leis para protegê-las da violência doméstica. Seu nome está associado à Lei Maria da Penha, uma das mais importantes leis do Brasil no combate à violência contra as mulheres. Antes dela, agressões contra mulheres eram consideradas de menor potencial ofensivo.
Maria da Penha foi vítima de violência doméstica por parte do seu marido durante anos. Em 1983, ele tentou matá-la duas vezes, deixando-a paraplégica. Apesar de ter denunciado o marido às autoridades, e de ter ocorrido dois julgamentos condenando o agressor, ele permaneceu em liberdade. Após ter sofrido violência, se tornou uma ativista pela causa e lutou para que as leis fossem mais rigorosas, e que as mulheres recebessem a proteção necessária.
Em 2006, a Lei Maria da Penha foi sancionada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, estabelecendo medidas de proteção para as mulheres vítimas de violência doméstica. A lei é considerada um marco na luta pelos direitos das mulheres no Brasil e é uma referência para a luta contra a violência de gênero em todo o mundo.
Angela Davis
Angela Davis é uma das ativistas mais importantes pelos direitos civis e pela igualdade racial nos Estados Unidos. Durante a década de 1960, ficou conhecida como ativista radical na luta contra a opressão racial e a favor da igualdade de direitos. Ela foi membro do Partido Comunista dos Estados Unidos e também do Black Panther Party (Panteras Negras), um movimento político negro que buscava a autodefesa e a emancipação da comunidade negra.
Em 1970, Angela foi presa acusada de participar de um sequestro e de conspirar em um tiroteio em uma corte. Sua prisão gerou uma grande mobilização popular, com pessoas de todo o mundo pedindo sua libertação e protestando contra as acusações. Davis foi absolvida das acusações em 1972.
Depois de sua libertação, ela continuou sua luta pelos direitos civis e pela justiça social, defendendo a igualdade de gênero e a luta contra a discriminação racial e a violência policial. Ela também é conhecida por seu trabalho na luta contra o sistema prisional americano, que ela considera opressor e racista.
Frida Kahlo
Frida Kahlo foi uma importante artista mexicana do século XX e sua obra é reconhecida por sua representação da cultura e identidade mexicana. Frida sofreu um grave acidente quando tinha 18 anos, que a deixou com sequelas, e apesar de suas dores físicas e emocionais, continuou pintando e expressando seu e sofrimento através de suas obras de arte.
Frida também se envolveu na luta política e social em seu país. Ela se juntou ao Partido Comunista Mexicano e apoiou a luta pela emancipação das mulheres e pela igualdade social. Ela foi defensora dos direitos dos povos indígenas e das minorias. Em 1953, Frida realizou sua primeira exposição individual no México, que foi um grande sucesso e a tornou uma figura reconhecida.
Valentina Tereshkova
Valentina Tereshkova nasceu em 1937 e foi selecionada para participar do programa espacial soviético em 1962. Em junho de 1963, Valentina Tereshkova embarcou na cápsula Vostok 6 e se tornou a primeira mulher a ir para o espaço. Sua missão durou quase três dias e a colocou na história como uma pioneira da exploração espacial.
Além de suas conquistas como astronauta, Valentina também foi uma figura política importante na União Soviética. Ela foi eleita deputada do Soviete Supremo e foi membro do Comitê Central do Partido Comunista da União Soviética. Valentina Tereshkova também foi defensora dos direitos das mulheres e da igualdade de gênero. Ela fundou a Organização das Mulheres Soviéticas e participou de diversos eventos e iniciativas voltados para a promoção dos direitos das mulheres.