Dirigente espanhol pediu a jogadora que gravasse vídeo para apoiá-lo após beijo forçado, diz site
Segundo o portal “Relevo”, Luis Rubiales abordou a campeã mundial no avião de volta à Espanha. Hermoso negou o pedido
Luis Rubiales, presidente da Real Federação Espanhola de Futebol, pediu à atleta Jenni Hermoso, em quem deu um beijo forçado na premiação da Copa do Mundo feminina, que gravasse um vídeo confirmando a informação do mandatário, de que o ato teria sido apenas um gesto de amigos. As informações são do site espanhol Relevo.
Na reportagem divulgada nesta quarta-feira 20, a camisa 10 espanhola negou o pedido, ao ser abordada no voo que transportava as jogadoras da seleção, parentes e a delegação que voltavam a Madrid.
O Presidente deu um beijo na boca da jogadora, enquanto acontecia a cerimônia de entrega das medalhas da Copa do Mundo da Austrália e Nova Zelândia, da qual a Espanha foi campeã ao vencer a Inglaterra na final por 1 a 0.
Divulgada para o mundo inteiro, a cena repercutiu em diversos veículos de comunicação e aconteceu ao lado da rainha Letizia da Espanha e sua filha, a infante Sofia.
De acordo com a matéria que foi apurada com fontes presentes no voo, Jenni se recusou a fazer o vídeo e Rubiales gravou sozinho o pedido de desculpas.
O mandatário tentou amenizar o ato, alegando se tratar de “carinho entre amigos”, mas duas ministras da Espanha chamaram o beijo forçado de violência sexual.
Rubiales foi denunciado ao Conselho Superior de Esportes do País, que abrirá uma investigação.
Posição de Jenni Hermoso
A jogadora reclamou da atitude durante uma transmissão ao vivo em suas redes sociais, feita direto do vestiário logo após a partida. "Eu não gostei", disse.
Em seguida, a Federação Espanhola de Futebol divulgou uma declaração, na qual Rubiales disse que o gesto foi "um ato de carinho entre amigos".
A atleta se pronunciou oficialmente sobre o caso pela primeira vez nesta quarta-feira, 23. Em uma carta pública, representada pelo sindicado das jogadoras, Hermoso afirmou que a conduta do dirigente 'atentou contra a dignidade das mulheres' e exigiu 'medidas exemplares'.