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Disney terá personagens LGBTQIAPN+ nas próximas produções

Após denúncias de homofobia, a presidente Karey Burke anunciou que a empresa investirá na representatividade nas telas até o final de 2022.

10 abr 2022 - 07h45
(atualizado às 07h45)
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Com estreia prevista para junho, "Lightyear" terá beijo gay anteriormente censurado
Com estreia prevista para junho, "Lightyear" terá beijo gay anteriormente censurado
Foto: Divulgação

Quem esperara avanço na representatividade nas produções da Disney já pode comemorar. A presidente Karey Burke anunciou recentemente algumas mudanças futuras para os personagens. Segundo ela, “metade” deles serão explicitamente LGBTQIAPN+ ou pertencentes a grupos étnicos-racias. Em entrevista, a executiva assegurou que as mudanças entrarão em vigor até o final do ano, como prova de que o estúdio está do lado da diversidade.

Em março, funcionários da Pixar divulgaram uma carta aberta denunciando que cenas de "afeto abertamente gay" foram cortadas de diversas produções. Um exemplo foi o veto a um beijo gay em "Lightyear", animação derivada da franquia "Toy Story" que conta a origem do icônico patrulheiro do Comando Estelar. Após protestos, o beijo voltou e vai ser exibido na animação com estreia prevista para junho.

No ano passado, a Disney foi alvo de mais críticas por cancelar a série "A Casa da Coruja", que trata abertamente de temas LGBTQIAPN+. Em um post no Reddit, a criadora Dana Terrace falou abertamente sobre o motivo. “Há alguns empresários que supervisionam o que se encaixa na marca Disney e um dia um desses caras decidiu que [A Casa da Coruja] não se encaixava nessa marca”, afirmou.

Sucesso de "A Casa da Coruja", que traz um casal de garotas, não impediu cancelamento
Sucesso de "A Casa da Coruja", que traz um casal de garotas, não impediu cancelamento
Foto: Reprodução - Disney

Apesar da série ter conquistado o público, sendo elogiada pela sua representação positiva, "A Casa da Coruja" não seguiu adiante, ficando apenas até a terceira temporada com 3 episódios especiais de 44 minutos. O Disney Channel, onde a animação foi exibida, ainda não anunciou a data de estreia da última temporada, mas o desenho está disponível também em plataformas de streaming.

Apesar das polêmicas em torno do estúdio, o recente lançamento da Disney Pixar, “Red: Crescer é uma Fera” tem gerado esperança de representatividade entre o público. Circula na web um headcanon – termo usado por fãs, que indica uma crença pessoal sobre a história que não foi demonstrada oficialmente – de que Miriam, uma das melhores amigas da protagonista Mei Lee, é uma garota trans. Porém, ainda não foi publicada nenhuma declaração oficial dos criadores da animação.

Fonte: Redação Nós
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