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DJ lésbica da cerimônia de abertura da Olimpíada registra queixa na polícia por ataques e ameaças

A francesa Barbara Butch está sendo vítima de comentários homofóbicos, gordofóbicos e sexistas

30 jul 2024 - 11h44
(atualizado às 11h45)
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A advogada de Barbara Butch revelou que ela registrou várias queixas contra os ataques e ameaças
A advogada de Barbara Butch revelou que ela registrou várias queixas contra os ataques e ameaças
Foto: Reprodução: Instagram/barbarabutch

A DJ francesa Barbara Butch, que se destacou em uma performance com drag queens na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, revelou ter registrado uma queixa na polícia após receber uma série de ataques e ameaças nas redes sociais.

Ativista e assumidamente lésbica, Barbara disse que tem sido vítima de “cyberbullying - particularmente violento” em nota postada no Instagram. “Embora eu tenha decidido inicialmente não falar sobre isso para deixar os ‘haters’ se acalmarem, as mensagens que recebo estão se tornando cada vez mais extremas. Tudo por ter tido a chance de representar a diversidade do meu país através da arte e da música, ao lado de outros artistas que admiro”, escreveu a DJ.

O comunicado expõe que Barbara tem recebido comentários “antissemitas, homofóbicos, sexistas e gordofóbicos”. “Ela está atualmente registrando várias queixas contra esses atos, sejam eles cometidos por cidadãos franceses ou estrangeiros, e pretende processar qualquer pessoa que tente intimidá-la no futuro”, escreveu a advogada Audrey Msellati.

O que aconteceu

Barbara participou de uma cena chamada “Festa”, que mostra um grupo reunido ao redor de uma mesa com várias drag queens. Contudo, alguns religiosos viram a cena como uma zombaria da “Santa Ceia”.

Em entrevista ao canal francês BFM, Thomas Jolly, diretor da cerimônia de abertura, afirmou que a cena era “uma grande festa pagã ligada aos deuses do Olimpo”.

No dia 26 de julho, a conta oficial dos Jogos Olímpicos revelou que a performance era uma interpretação do deus grego Dionísio, o deus do vinho e das festas, como retratado na pintura “A festa dos Deuses” do pintor holandês Jan Van Bijlert. 

“A interpretação do deus grego Dionísio nos conscientiza do absurdo da violência entre os seres humanos.”

Fonte: Redação Nós
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