Djamila é a primeira negra na Academia Paulista de Letras
A escritora, filósofa e ativista irá ocupar a cadeira de número 28, que pertencia a Lygia Fagundes Telles
A filósofa e escritora Djamila Ribeiro, conhecida também pelo ativismo no movimento negro, foi eleita na tarde de ontem (terça, 24) para a Academia Paulista de Letras. Primeira mulher negra escolhida para a instituição, Djamila passa a ocupar a cadeira de número 28, antes dedicada à escritora Lygia Fagundes Telles, que morreu aos 98 anos em abril.
Nas redes sociais, Djamila comemorou o resultado expressivo da votação e afirmou estar muito feliz e honrada. “Essa é a notícia, Brasil! Eu me sinto muito feliz e honrada por fazer parte da Academia Paulista de Letras. Agradeço a todos os acadêmicos e acadêmicas que votaram e me deram a oportunidade incrível de ocupar a cadeira que foi da gigante Lygia Fagundes Telles”, escreveu.
Autora de livros como "Lugar de Fala” e “Quem tem Medo do Feminismo Negro?”, Djamila tem 41 anos, é natural de Santos e uma das principais vozes dos movimentos negro e feminista. Ela ganhou o Prêmio Jabuti de 2020 com “Pequeno Manual Antirracista”.
Nas redes sociais, a escritora acumula mais de um milhão de seguidores, levantando diálogos e debates sobre temas como empoderamento feminino, feminismo negro e racismo.