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DNA de Daniel Alves é encontrado em mulher que o acusa de agressão sexual, diz jornal

Material coletado foi comparado com quatro amostras e, em todos os casos, o resultado se manteve; jogador segue preso preventivamente desde o dia 20 de janeiro

10 fev 2023 - 14h09
(atualizado às 14h32)
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Daniel Alves está preso na Espanha desde o dia 20 de janeiro
Daniel Alves está preso na Espanha desde o dia 20 de janeiro
Foto: Reuters

Resultados do Instituto Nacional de Toxicologia e Ciências Forenses de Barcelona apontaram que os restos de sêmen coletados das amostras intravaginais da mulher que acusa Daniel Alves de agressão sexual são do jogador, assim como os encontrados no chão do banheiro da boate em que os dois estiveram, segundo o jornal El Periódico publicou nesta sexta-feira. As evidências forenses contradizem a recente versão apresentada pela defesa do atleta de que ela teria praticado apenas sexo oral nele, de acordo com o periódico.

Daniel Alves entregou voluntariamente uma amostra do seu DNA no dia 20 de janeiro, quando foi preso preventivamente sem direito à fiança. O material coletado foi comparado com quatro amostras e, em todos os casos, o resultado se manteve.

Ele se encontra no presídio Brians 2, em Barcelona. A defesa dele, encabeçada pelo advogado Cristóbal Martell, entrou com recurso contra a prisão preventiva do ex-jogador do Barcelona. Em um documento de 24 páginas, é alegado que não há risco de fuga da Espanha, sendo sugerido a entrega do passaporte e até mesmo o uso de "pulseira telemática", similar a uma tornozeleira eletrônica.

ENTENDA O CASO DANIEL ALVES

Daniel Alves teve a prisão decretada no dia 20 de janeiro. Ele foi detido ao prestar depoimento sobre o caso de agressão sexual contra uma mulher na madrugada do dia 30 de dezembro. O Ministério Público pediu a prisão preventiva do atleta de 39 anos, sem direito à fiança, e a titular do Juizado de Instrução 15 de Barcelona acatou o pedido, ordenando a detenção.

A acusação se refere a um episódio que teria ocorrido na casa noturna Sutton, em Barcelona, na Espanha. O atleta, que defendeu a seleção brasileira na Copa do Mundo do Catar, teria trancado, agredido e estuprado a denunciante em um banheiro da área VIP da casa noturna, segundo o jornal El Periódico. Ela procurou as amigas e os seguranças da balada depois do ocorrido.

A equipe de segurança da casa noturna acionou a polícia catalã (Mossos d'Esquadra), que colheu depoimento da vítima. Uma câmera usada na farda de um policial gravou acidentalmente a primeira versão da vítima sobre o caso, corroborando o que foi dito por ela no depoimento oficial. A mulher também passou por exame médico em um hospital. Daniel Alves foi embora do local antes da chegada dos policiais.

Segundo a imprensa espanhola, a contradição no depoimento do lateral-direito foi determinante para o Ministério Público do país pedir a prisão e a juíza aceitar. No início de janeiro, o jogador deu entrevista ao programa "Y Ahora Sonsoles", da Antena 3, em que confirmou que esteve na mesma boate que a mulher que o acusa, mas negou ter tocado na denunciante sem a anuência dela e disse que nem a conhecia.

O primeiro a chegar ao tribunal, ainda pela madrugada, foi o advogado de defesa do brasileiro, Cristóbal Martell. Ele não falou com a imprensa que se amontoou no local para acompanhar o caso. A advogada da vítima, Ester García, também não quis prestar declarações em sua chegada. A oitiva não foi pública. No material coletado, a polícia encontrou vestígios de sêmen tanto internamente quanto no vestido da denunciante. O Pumas, do México, anunciou dias depois que o contrato de trabalho de Daniel Alves com o clube foi rompido por justa causa.

Estadão
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