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'Doutor Estranho 2': Benedict Wong defende Xochitl Gomez de ataques homofóbicos

Atriz de 16 anos vem recebendo comentários de ódio na internet por sua personagem LGBTQ+

5 mai 2022 - 08h37
(atualizado às 11h35)
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Benedict Wong defendeu colega de elenco de ataques homofóbicos por personagem LGBTQ+ em 'Doutor Estranho 2'
Benedict Wong defendeu colega de elenco de ataques homofóbicos por personagem LGBTQ+ em 'Doutor Estranho 2'
Foto: Jay Maidment/Disney Studios

Doutor Estranho no Multiverso da Loucura, novo filme da Marvel que chegou ao cinemas nesta quinta-feira, 5, tem uma personagem LGBTQ+: America Chavez, uma heroína latina e lésbica interpretada por Xochitl Gomez, de 16 anos.

No entanto, a orientação sexual da personagem acabou gerando revolta em grupos conservadores e a atriz vem recebendo uma onda de ataques homofóbicos pela sua atuação na produção.

Inclusive, na Arábia Saudita o filme foi banido após a Disney se recusar a cortar uma cena do longa que tem referências LGBTQ+. Além da sexualidade, a heroína tem duas mães.

"É muito importante que a America esteja neste filme. É simplesmente enorme. E estou tão feliz que a Marvel se apegou a isso e manteve a cena lá, e é muito louco que eu seja aquela que interpreta a America", disse a atriz ao site AsiaOne.

Em seguida, Benedict Wong, que dá vida ao feiticeiro ajudante do Doutor Estranho, entrou em defesa da jovem. "Não está tudo bem", disse sobre os ataques homofóbicos.

"Ela fez o teste aos 13 anos e se juntou a nós aos 14, uma das atrizes mais jovens a se juntar ao Universo Marvel em filme dessa magnitude. Você sabe, ela é apenas uma jovem fazendo seu papel e merece elogios por isso. São uma vergonha esses trolls covardes que não mostram seus rostos de verdade. Eles deveriam sentir vergonha."

Representatividade e inclusão

Na última segunda-feira, 2, durante evento de estreia no filme em Hollywood, Victoria Alonso, produtora executiva da Marvel Studios, falou ao Deadline sobre a importância da personagem. "Acho que visibilidade em qualquer idade é incrivelmente importante, se você tem 10, 20, 30 ou 80 anos."

"Ter seu povo e ter alguém que diga: 'Eu sou, e está tudo bem. Eu sou, e eu sou poderoso. Eu sou e pertenço'. Acho que qualquer jovem adulto poderia ter isso hoje", disse ela especificamente para a parcela da população LGBTQ+ que considera cometer suicídio.

"Minha esperança hoje é que - como um pequeno presente de um bando de cineastas que querem contar ótimas histórias - se houver crianças por aí pensando, mesmo que minimamente, que suas vidas não valem a pena, posso dizer honestamente que suas vidas valem a pena e vamos comemorar com elas."

Estadão
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