Drag queen brasileira sofre ataques em reality show sueco
Fontana integra o elenco da primeira edição da versão sueca da competição "Drag Race"
A drag queen brasileira Fontana usou suas redes sociais para relatar ataques xenofóbicos que sofreu na Suécia ao paticipar da versão local do reality "Drag Race".
"A Suécia tem raizes xenofóbicas profundas, nas eleições o partido nazista cresceu absurdamente. Ser imigrante latinx lgbtq drag queen me coloca em camadas de preconceito. Um sentimento de solidão de não pertencer a lugar nenhum, já que sofria muito no Brasil. Obrigada por tudo", publicou a drag em seu perfil no Twitter.
O partido ao qual Fontana se refere é o SD (Sverigedemokraterna), considerado a segunda maior força política do país após desempenho nas eleições de 2022. O SD foi fundado em 1988 como um partido ultra nacionalista e, por duas décadas, tentou eleger candidatos ao congresso sem sucesso devido seus fundadores simpáticos ao nazismo.
A Suécia tem raizes xenofóbicas profundas, nas eleições o partido n4z1st4 cresceu absurdamente. Ser imigrante latinx lgbtq drag queen me coloca em camadas de preconceito. Um sentimento de solidão de não pertencer a lugar nenhum, já que sofria mt no Brasil. Obrigada por tudo ❤️ https://t.co/242MQAB7AN
— FONTANA (@itsfontana) February 27, 2023
Atuando como profissional do canto, dança, fotografia e drag, Fontana é uma pessoa não binária, natural de São Leopoldo, Rio Grande do Sul. Atualmente, vive em Estocolmo, capital da Suécia.
Essa é a primeira edição sueca do "Drag Race", franquia iniciada nos EUA e comandada por RuPaul que já contou com versões na Itália, Reino Unido, Holanda, Tailândia, Espanha, entre outros.