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Erika Hilton é a primeira mulher trans a presidir sessão na Câmara dos Deputados

Sessão foi em homenagem a Marielle Franco e Anderson Gomes, assassinados em 2018 no Rio de Janeiro

15 mar 2023 - 15h35
(atualizado às 15h43)
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É a primeira vez que uma sessão da Câmara dos Deputados é presidida por uma mulher trans
É a primeira vez que uma sessão da Câmara dos Deputados é presidida por uma mulher trans
Foto: Reprodução/Instagram

Nesta quarta-feira (15), a deputada federal por São Paulo, Erika Hilton (PSOL), presidiu uma sessão solene na Câmara dos Deputados em homenagem a Marielle Franco e Anderson Gomes, assassinados no Rio de Janeiro em março de 2018. Erika é a primeira mulher trans a presidir uma sessão da Câmara dos Deputados.

A sessão contou com a presença dos ministros Anielle Franco, da Igualdade Racial, e irmã de Marielle, Sônia Guajajara, dos Povos Originários, e Silvio Almeida, dos Direitos Humanos, para cobrar soluções do assassinato vereadora e seu motorista.

No início da sessão, Erika disse que Marielle nunca deixou de levantar a sua voz para lutar contra a violência, a desigualdade e o preconceito. “Marielle Franco provou para todos nós que é possível fazer a diferença mesmo em circunstâncias difíceis, ela lutou até o fim por uma cidade mais justa e igualitária”, afirmou Hilton.

Após citar que a Câmara já foi palco para os ataques de ódio e fake news que sua irmã sofreu, Anielle afirmou: “Enquanto a gente não responder quem mandou matar a Mari, a gente segue com essa democracia fragilizada. E eu realmente espero que a gente não tenha que ficar mais cinco anos para esperar alguma resposta dos mandantes”.

Silvio Almeida disse que resolver o caso seria um “recado muito claro para quem ameaça defensores dos direitos humanos, ambientalistas, comunidades indígenas, quilombolas e parlamentares”.

Em março de 2018, Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram assassinados a tiros no centro do Rio de Janeiro. Os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz foram presos em março de 2019 e se tornaram réus pelos homicídios. Os possíveis mandantes do crime ainda não foram identificados.

Fonte: Redação Nós
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