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"Escrevi o romance lésbico que queria ter lido", diz Elayne Baeta

Aos 24 anos, autora e ilustradora baiana renova o mercado literário com o sucesso de O amor não é óbvio e já prepara mais livros

7 mar 2022 - 07h00
(atualizado em 13/4/2022 às 14h58)
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Elayne: Geração Z tem visão mais livre e quer consumir histórias de amor, não importam quem sejam os personagens
Elayne: Geração Z tem visão mais livre e quer consumir histórias de amor, não importam quem sejam os personagens
Foto: Arquivo Pessoal

Enquanto escreve dois novos livros ao mesmo tempo e procura se adaptar à capital paulista, Elayne Baeta, 24 anos, expressa indignação no Twitter: canecas, bonecos e derivados de O amor não é óbvio, seu livro de estreia, vêm sendo vendidos em lojas online sem a menor preocupação com direitos autorais. Mais do que justa, a reclamação. E mais do que justificado, o sucesso. A obra, que começou no Wattpad e alcançou a marca de 400 mil leituras, está na 11ª edição pela Galera, selo jovem da Editora Record.

Lançada em 2019, a história de amor entre duas garotas ficou semanas em 1º lugar nas categorias Romance Lésbico e Literatura Lésbica, da Amazon, e foi o primeiro romance de temática lésbica a alcançar o ranking da revista Veja. Fã da escritora norte-americana Meg Cabot, da série O Diário da Princesa, Elayne se sente grata e surpresa com a repercussão. "Escrevi o livro porque adoro romances, mas chegou em um ponto em que não me sentia representada nos títulos que lia. Acredito que muitas meninas que gostam de meninas também tinham a mesma sensação", relata.

Elaine diz que escreve as coisas que queria ter lido
Elaine diz que escreve as coisas que queria ter lido
Foto: Divulgação

Para ela, livros com temática LGBTQIA+ são extremamente necessários, ainda mais para a nova geração de leitores, que se descobrem muito cedo. "O mais gratificante é que recebo mensagens de pessoas das mais diversas orientações, inclusive de adolescentes cisgêneros. Isso mostra que a Geração Z quer consumir histórias de amor, não importa quem sejam os personagens, pois têm uma visão mais livre e menos preconceituosa das relações”, afirma.

Com o sucesso de O amor não é óbvio, a Galera lançou também Oxe, Baby, primeiro livro de poemas da autora. Ilustradora, Elayne foi escolhida recentemente para assinar a edição 2022 do Azulejo da Câmara de Comércio e Turismo LGBT do Brasil, série que já contou com os traços de Marcelo Stockler e Laerte.

O primeiro livro de poemas sobre meninas que gostam de meninas a entrar na lista de mais vendidos do país é dela
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Foto: Divulgação
Fonte: Redação Nós
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