Esposa de Daniel Alves posta vídeo e agradece apoio durante 'tempestade'
Além da prisão do marido por suposto estupro, modelo espanhola de 29 anos está de luto pela morte da mãe
Joana Sanz, mulher de Daniel Alves, publicou um vídeo na tarde desta segunda-feira, 23, agradecendo as mensagens de apoio pelo momento difícil que está passando. Além da prisão do marido por um suposto caso de estupro, a modelo e influenciadora espanhola de 29 anos está de luto pela morte da mãe, que faleceu há cerca de duas semanas.
"Faço esse vídeo para que me vejam, tem muita gente muito preocupada. É um momento de calma no meio da tempestade que estou passando. quero aproveitar para agradecer a tantos que estão me apoiando. há mensagens lindas, que nunca encontraria em livros de psicologia, auto-ajuda, superação tem palavras tão cheias de carinhos. Me reconforta muito que tenha gente que se preocupa em me animar. Muito obrigada", disse Joana.
A mulher de Daniel Alves se manifestou poucas vezes desde que o brasileiro foi preso na sexta-feira, dia 20 de janeiro. Antes do depoimento do jogador à polícia, ela compartilhou uma foto de mãos dadas com o atleta com a legenda. "Juntos", dizia a legenda. Horas depois, ela pediu empatia e privacidade aos jornalistas que foram até a sua casa em busca de declarações. "Perdi os dois pilares da minha vida", escreveu nas redes.
Daniel Alves e Joana Sanz começaram a namorar em 2015, casando dois anos depois em uma cerimônia íntima, em Ibiza, na Espanha. Torcedora do Real Madrid, a modelo é conhecida por acompanhar os jogos do marido no estádio, sendo flagrada até mesmo em um jogo do Barcelona.
O caso Daniel Alves
A juíza Maria Concepción Canton Martín decretou a prisão de Daniel Alves na última sexta-feira. Ele foi detido ao dar depoimento sobre o caso de agressão sexual contra uma mulher na madrugada do dia 30 de dezembro. O Ministério Público pediu a prisão preventiva do atleta de 39 anos, sem direito à fiança, e a titular do Juizado de Instrução 15 de Barcelona acatou o pedido, ordenando a detenção. A juíza argumentou na decisão de prender o jogador que existia o risco de fuga, uma vez que o atleta não mora mais na Espanha e tem recursos financeiros para sair do país a qualquer momento. Além disso, o país não tem acordo de extradição com o Brasil.
A acusação se refere a um episódio que teria ocorrido na casa noturna Sutton, em Barcelona. O atleta, que defendeu a seleção brasileira na Copa do Mundo do Catar, teria colocado a mão entre as roupas íntimas da mulher que fez a queixa. Ela procurou as amigas e os seguranças da balada depois do ocorrido. Ele teria trancado, agredido e estuprado a mulher em um banheiro da sala VIP da boate, segundo o jornal El Periódico.
A equipe de segurança da casa noturna acionou a polícia catalã, que colheu depoimento da vítima. Ela também passou por exame médico em um hospital. Daniel Alves foi embora do local antes da chegada dos policiais.
Segundo a imprensa espanhola, a contradição no depoimento do lateral-direito foi determinante para o Ministério Público do país pedir a prisão e a juíza aceitar. No início de janeiro, o jogador deu entrevista ao programa "Y Ahora Sonsoles", da Antena 3, em que confirmou que esteve na mesma boate que a mulher que o acusa, mas negou ter tocado na denunciante sem a anuência dela e disse que nem a conhecia.
No depoimento, porém, de acordo com os meios de comunicação da Espanha, o atleta afirmou ter tido relações consensuais com a mulher, cujo nome não foi revelado. O suposto crime sexual teria ocorrido num banheiro da área VIP da casa noturna. Segundo a rádio Cadena SER, imagens da vigilância interna do local confirmam que Daniel Alves ficou 15 minutos com a mulher no banheiro.
De acordo com o jornal El País, a mulher não quer ser indenizada e abriu mão de ser ressarcida financeiramente pelas lesões e também pelos danos morais por entender que o objetivo principal é fazer com que o atleta seja punido pelo ocorrido.
O Pumas, do México, anunciou na última sexta que o contrato de trabalho de Daniel Alves com o clube será rompido por justa causa.